Depois de um início promissor, com vitórias em sequencia, começaram os problemas, vieram os desfalques e uma série de derrotas seguidas. Depois da quarta derrota consecutiva sofrida diante do Boa Esporte na última terça-feira por 3 a 0, em pleno Serra Dourada, o que parecia inevitável após o jogo se confirmou: Hélio dos Anjos foi informado pela diretoria e não é mais o técnico do Atlético.

O treinador já havia sido abordado na entrevista coletiva após o jogo sobre a chance de deixar o Atlético e deu a entender que estava preparado, já que conhecia como essa questão desenvolve no futebol brasileiro e também no futebol goiano. Apesar de “aceitar a demissão”,  Hélio reforçava o desejo de trabalhar e se via como um “parceiro da diretoria”, algo que acabou. O diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, explicou a decisão.

“Nós entendemos que era um momento de mudar a filosofia, e tem algumas situações que são internas do clube. Fica aqui o meu agradecimento ao hélio dos anjos, um grande profissional, nos últimos jogos não conseguimos ter boas apresentações, rendimentos, mas isso não muda nada do que eu penso sobre o Hélio. No futebol, quem convive internamente, sabe que tem as horas de fazer essas mudanças, o Atlético tem uma estrutura, um nome e não pode ser goleado da forma como foi”

Nos últimos dias, o ambiente do Atlético, que já não era dos melhores, azedou de vez com as derrotas seguidas e com alguns problemas extracampo. Ainda na “fase boa”, o volante Léo teve um problema escancarado por Hélio em entrevista, que apontou que ele estava desfocado, deslumbrado, algo comum para a idade.

Depois, no momento em que a fase “virou”, o desconforto foi com o empresário de Jorginho, que dizia ter propostas e irritou o treinador, que fez Hélio conversar com o meia. Depois disso, Jorginho caiu de rendimento. A última foi um episódio com Wagner Carioca, uma discussão interna que não foi negada pelo treinador. Foi a gota d’agua para o grupo, que rachou de vez.

Hélio chegou ao Atlético no dia 17 de Junho, no momento em que o grupo se reapresentava para inicia a intertemporada, durante a parada para a Copa do Mundo. De lá para cá, foram 11 jogos, onde o Atlético venceu cinco e saiu derrotado seis vezes, indo do céu (próximo ao G4) ao atual contexto, o inferno (próximo do Z4).