O deputado estadual Humberto Aidar recebeu com naturalidade a decisão da executiva do MDB, que tirou encaminhamento para manter postura de oposição ao governador Ronaldo Caiado (DEM), em reunião realizada na última segunda-feira (08).
O parlamentar faz parte da executiva e diz que não compareceu ao encontro, na sede do partido, porque não estava em Goiânia, mas assegura que a direção estadual do MDB mantém a garantia de “liberdade e independência” para atuação dos deputados da sigla na Assembleia Legislativa, mesmos que optam por compor a base governista na Casa.
Humberto Aidar afirma que, mesmo ajudando o governo durante o mandato, vai seguir em 2022 a indicação do partido em convenção. “Uma coisa é atuação na Alego e outra é a eleição. Eu sempre fui partidário e quem está no partido tem que abraçar a candidatura, se a escolha do partido for por candidatura própria”, afirma.
O deputado no entanto faz críticas a colegas, sem citar nomes, que segundo ele “pensam no próprio umbigo” ao “forçar a barra para que Daniel Vilela se lance agora como pré-candidato ao governo”.
Para Humberto, “tem uma forçação de barra para essa antecipação, o que seria um erro. O Daniel acabou de participar ativamente da eleição em Goiânia e já colocar o nome para governo não é correto. Lá na frente ele pode ser candidato a senador ou a outro posto. Essa pressão e de quem teme pela própria eleição e quer montar logo chapa de estadual e federal”.
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Estrutura
Questionado pela Coluna se a presença de um pré-candidato a governador no partido não seria importante para a formação das chapas proporcionais, Humberto Argumenta que o MDB é um partido grande e que, naturalmente, vai receber a filiação de lideranças pelo estado, além da estrutura já existente.
Faça as contas
“Mesmo comas derrotas o MDB ainda é um dos maiores partidos. Tem diretórios, tem prefeitos, ex-prefeitos e vereadores. Além disso, se continuar essa regra sem coligação proporcional, muitos não vão encarar uma eleição por partidos pequenos”, avalia Humberto Aidar. “Essa pressa é prejudicial ao partido agora, porque fecharia algumas portas e não tenho dúvida que o MDB vai eleger mais deputados em 2022 do que em 2018”.
Tudo encaminhado
Humberto Aidar tem mais tranquilidade para avaliar o cenário para 2022 do que os colegas emedebistas, já que está confirmado como primeiro indicado pela Assembleia Legislativa para futura vaga de conselheiro no TCM ou no TCE, o que deve ocorrer antes da eleição de 2022.
Caminho da base
O presidente estadual do Avante, vereador em Goiânia Thialu Guiotti, teve conversa com o governador Ronaldo Caiado (DEM) e já deu os primeiros passos para composição com a base governista para a eleição estadual de 2022. O martelo será batido ainda nesta semana, em reunião com a cúpula do partido.
Resultados
O partido esteve na coligação liderada pelo PSDB em 2018 e encontrou o DEM no apoio a Vanderlan Cardoso (PSD), na eleição de Goiânia em 2020.
De lá
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, em decisão proferida na última sexta-feira (5), definiu que não houve ilegalidade no ato de reeleição do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano para o biênio 2021/2022. Aliados de Lissauer Vieira (PSB) compartilharam a decisão e avaliam que a interpretação encerra o debate sobre possível questionamento à reeleição na presidência da Alego.
Definição
Rosa Weber analisou medida liminar de ação popular contrária à recondução e afirmou que o ato não pode ter relação com a proibição na Câmara Federal, por considerar que está amparado pela Constituição do Estado do Paraná e Regimento Interno da Alep, o que não o torna ilegal. A mesma interpretação foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, em ação que questionava a reeleição na Assembleia Legislativa do Mato Grosso.