O cavaleiro do desprezo é, definitivamente, um dos padrões que muitas pessoas irão querer eliminar para cuidar da própria relação. Este padrão inclui comportamentos como fazer ameaças e insultar o outro. Relacionamentos ainda pode resistir a outros dos quatro cavaleiros, mas não podem com este.

Em entrevista ao Tom Maior, o psiquiatra e terapeuta de casais, Rodrigo Scalia, falou sobre o cavaleiro do desprezo. “O desdenho é uma forma de comunicar que você se sente melhor que o outro, rebaixa o outro, dando uma sensação que o outro é menor que você. O desdenho aparece mesmo quando você tem essa sensação de que o outro não é tão bom em determinada área, de que ele não tem inteligência ou atitude, você tenta negativar ele, tenta criticar de uma maneira pesada”, afirma o terapeuta.

No dia 8 de junho, Scalia apresentou o “criticismo”, o primeiro cavaleiro. Se comparados, o psiquiatra afirma que o desdenho é ainda mais intenso. “O objetivo do criticismo é resolver um problema, você quer resolver um problema e age de uma maneira para criticar o outro. Por exemplo, falar toda vez “você esquece a chave do carro”, isso é o criticismo, colocar o problema sempre em cima do outro, ao invés de falar como você se sentiu, e ai você geralmente cai em um processo de defesa, que é a defensiva. No desdenho, a intenção é diferente, é realmente denegrir o outro”, esclarece.

As ameaças são muitas vezes formas psicológicas de abuso, e nada é mais destrutivo que isso para o amor. É uma forma de ganhar poder que nada tem a ver com o respeito. Normalmente as pessoas que fazem isto estão sempre à procura dos erros ou falhas do outro para falarem sobre eles e mostrarem como são superiores.

Segundo Scalia, este é um dos padrões mais difíceis de mudar e será necessário criar uma cultura de apreciação e aceitação do outro dentro do casal, senão tudo pode acabar. “O desenho é importante porque ele é o principal fator capaz de prevenir o divórcio. Se a gente medir a quantidade de desdenho que tem em um relacionamento, a gente consegue entender a chance desse relacionamento dar certo ou não”, ressalta o psiquiatra Rodrigo Scalia.

Para mudar isso, segundo Scalia, ao invés de automaticamente apontar os erros do outro e mostrar superioridade, elogie os comportamentos que gosta no outro e as competências que acha que tem. Se ambos se sentirem competentes, o casal ganha força e ambos saem valorizados.

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