Na última vez que comandou o Goiás entre 2020 e 2021, Augusto César não podia exercer, efetivamente, a função de técnico no banco de reservas. Ali ficava passando instruções para o seu auxiliar, Glauber Ramos, afinal não tinha as licenças da CBF. Mas agora em 2022, “tá tudo ok”, como ele mesmo disse em uma entrevista para o Sistema Sagres de Comunicação.

“Tá tudo ok! Terminei a Licença “B” aqui em Brasília e no Rio de Janeiro tirei a Licença “A”, revelou Augusto, que vai treinar o Morrinhos no próximo Campeonato Goiano e que fez questão de destacar o quanto as aulas foram importantes pra agregar ao que viveu como jogador de futebol.

“Não tem coisa melhor do que a parte de estudos. Na CBF tivemos aulas práticas e teóricas importantes. Foi muito proveitoso. O que eu aprendi dentro do futebol, a parte prática por ter jogado em equipes pequenas e grandes, com grupos diferentes, ali o vestiário, isso tudo também ajuda bastante”.

Devidamente licenciado, Augusto recentemente esteve no Uruaçu e quase conquistou o acesso para a segunda divisão goiana. De volta à primeira divisão depois da demissão no Goiás durante o Estadual de 2020, reconhece que tem um grande desafio pela frente.

“O Morrinhos fez um bom campeonato em 2022 chegando até as quartas-de-final com Atlético e agora o nosso objetivo é fazer melhor”, cravou o treinador, que começa sua caminhada no Goianão contra o Iporá, fora de casa, no dia 11 de janeiro.

Planejamento

Sem grandes investimentos, Augusto revelou que praticamente 60% dos jogadores que participaram do último Goianão continuam no Morrinhos. Outros foram contratados e já realizam a pré-temporada desde o dia 10 de dezembro. De acordo com o treinador, o elenco tem um perfil definido, com jogadores que ainda não “estouraram” para o grande mercado do futebol.

“Nós temos de trabalhar dentro da realidade do clube, não importa se você está em uma equipe de Série A, Série B ou Série C de Brasileiro. Vamos trabalhar com jogadores que ainda buscam espaço no futebol goiano. Eu comecei assim no Pires do Rio com 21 anos, então, nós temos atletas com objetivos de fazer uma boa campanha. Vamos procurar dar o suporte pra que eles possam ter uma sequência de carreira com sucesso”.

Goiás Esporte Clube

Com 11 anos de história com a camisa esmeraldina, Augusto saiu do campo, quando atuou como atacante e lateral esquerdo, e foi para o banco de reservas treinar o time principal. Não “explodiu” como técnico muitos imaginavam, mas nada que desanime alguém com tanta experiência no futebol.

“O futebol é muito fechado e é muito difícil você entrar no meio até ganhar os holofotes ou ganhar um título de expressão como o Brasileiro e a Copa do Brasil. Tem a parte dos empresários também. Tenho muita experiência no meio do futebol, que me ajuda bastante diariamente, mas dizer com exatidão, acho que que não vou conseguir responder”, ponderou Augusto, que não esconde a gratidão pelo Goiás.

“Sou muito agradecido com o Goiás. Peguei o time em uma situação muito difícil. Eu estava nas categorias de base, já tinha passado pelo profissional interinamente umas três vezes, quando em 2015 tiramos o time da zona do rebaixamento, mas depois contrataram outro treinador. Depois em 2020, também peguei o time praticamente rebaixado e quase conseguimos êxito. Isso me deixou triste, mas vida que segue”.

Favoritos

Sobre o Campeonato Goiano que está pra começar, Augusto César não foge à regra e aposta nos três grandes como favoritos ao título, no entanto vê no Morrinhos e no CRAC, concorrentes que podem surpreender.

“Com certeza os três grandes da capital vão brigar forte pelo título. No interior, o CRAC está com investimento alto. O morrinhos não tem tanto investimento, mas meus times são organizados. As equipes organizadas conseguem fazer história e pode ter certeza que o Morrinhos também vai brigar”, finalizou.

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