A campanha Junho Vermelho incentiva a doação de sangue e marca o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta sexta-feira, 14 de junho. Porém, o enfermeiro e professor do Centro Universitário Internacional Uninter, Dimas de Almeida Araujo, afirma que a quantidade de doadores voluntários ainda é insuficiente para o país.
“Apesar de estar dentro dos conformes indicados pela OMS [Organização Mundial da Saúde], ainda é insuficiente no quesito do abastecimento no Brasil. Ou seja, atualmente menos de 2% da população brasileira é doadora e isto é preocupante porque influencia diretamente no abastecimento dos hemocentros”, diz.
Segundo a OMS, o percentual ideal de doadores para um país precisa ser de 3,5% e 5% de sua população. Então, o Dia Mundial do Doador de Sangue foi criado há 20 anos, para que os países alcancem voluntários suficientes. Araujo explica que uma única doação pode salvar até três vidas.
“Veja só que fantástico! Apenas com um ato, você pode influenciar no combate a enfermidades e a outros tipos de situações, como pessoas que necessitam de transfusões sanguíneas. Então isso vai influenciar diretamente na sobrevivência dos pacientes que precisam deste tipo de procedimento”, conta.
Importância do doador
Neste ano, a campanha Junho Vermelho e a data de hoje em especial tem o tema global: “20 anos celebrando a generosidade: Muito obrigado, doadores de sangue!”. Assim, para marcar esse dia, Dimas de Almeida Araujo escreveu um artigo que desmistifica os mitos acerca da doação de sangue.

Em “Desmistificando mitos e salvando vidas: Junho vermelho e a importância da doação de sangue”, Araújo aponta que a disseminação de informações incorretas e mitos são empecilhos para a medicina transfusional. “Mitos e equívocos têm minado a confiança do público, afetando o abastecimento dos hemocentros e colocando em risco a vida de pacientes que dependem de transfusões sanguíneas para sobreviver”, destaca.
Entre os mitos está a ideia de que a doação enfraquece o sistema imunológico do doador, de que doar sangue afeta o peso corporal e causa dependência. “A doação de sangue não tem impacto na saúde física do doador. Além disso, o sangue doado não é usado para engrossar o sangue de outra pessoa, mas sim para tratar uma variedade de condições médicas, desde traumas até doenças crônicas ou câncer”, explica.
Medicamentos hemoderivados
Além de salvar vidas com a reposição de sangue, as doações geram medicamentos hemoderivados usados no tratamento de doenças raras, como Hemofilia e Doença de Von Willebrand. O professor do Uninter afirma que fato é desconhecido de parte da população brasileira e até mesmo dos doadores
“Temos a produção de medicamentos através dos hemoderivados, que são os componentes que fazem parte do sangue humano. O Brasil é inclusive uma referência nesse tipo de medicamento através da Hemobrás, que é nossa empresa brasileira de hemoderivados e biotecnologia”, conta.
Dimas argumenta, então, que as doações são muito importantes para os portadores de Hemofilia e Doença de Von Willebrand, que enfrentam dificuldade na coagulação.

Quem pode doar?
O professor Dimas ressaltou que doar sangue é rápido, simples e seguro. A coleta é realizada em hemocentros que garantem o conforto e bem-estar do doador. Segundo ele, todas as pessoas entre 16 e 69 anos de idade que atendem a critérios de saúde específicos podem doar sangue.
Alguns deles são pesar mais de 51 quilos, ter Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 18,5 e não usar alguns medicamentos especificados pelas autoridades em saúde. “Além disso, é crucial não ter histórico de doenças como câncer, HIV, diabetes, ou problemas graves em órgãos vitais, bem como não estar grávida, amamentando, ou ter recebido enxerto de dura-máter”, explica o professor.
Onde doar?
Ademais, condições como tatuagem, consumo de álcool ou tabaco podem gerar restrições e menores de idade devem apresentar autorização dos pais ou responsáveis. “Esses critérios são essenciais para garantir a segurança tanto do doador quanto do receptor do sangue doado”, disse Dimas.

O professor do Centro Universitário Internacional Uninter, Dimas de Almeida Araujo, aproveitou que hoje é o Dia Mundial do Doador de Sangue e convidou a todos para participar voluntariamente da campanha Junho Vermelho.
“Considere reservar um tempo para doar sangue e faça a diferença na vida de outras pessoas. Sua contribuição é valiosa e pode significar a diferença entre a vida e a morte para alguém em necessidade”, finalizou.
Quem quiser ser um doador de sangue, pode procurar o Hemocentro mais perto da sua residência ou buscar informações na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade onde mora.
*Com informações da Assessoria do Centro Universitário Internacional Uninter
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 03 – Saúde e bem-estar.
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