Toda equipe, seja no futebol ou em qualquer outro esporte coletivo, precisa contar com uma liderança. No Atlético, não faltam esses líderes: o goleiro Márcio, o meia Róbston são os que mais se destacam, até pela história construída dentro do clube. Quem também se destaca pela história é o volante Pituca, hoje reserva imediato no time de Waldemar Lemos, e quem quer construir sua história é o zagueiro Diego Giaretta, que parece ter encontrado seu lugar.

Giaretta, zagueiro de 29 anos, iniciou a carreira no Cascavel/PR, em 2001, e já rodou por 11 times em 10 anos, entre eles Grêmio, Botafogo e Tenerife/ESP. No Atlético, Giaretta chegou na temporada passada ao Dragão para a disputa do Campeonato Brasileiro e conquistou seu espaço: foram 36 partidas pelo clube, 32 como titular, e seis gols marcados até aqui. Giaretta acredita que esse elenco rubro-negro já é vitorioso e revela o segredo do sucesso.

“Coroamos o trabalho ao longo do campeonato e agora vamos em busca do título nessa decisão. Somos campeões só pelo que já fizemos na competição, por conseguirmos reverter uma situação complicada com muito trabalho. O nosso segredo é ser simples, a única coisa que mudou para mim depois daquele início dificil foi o trabalho, adotamos a simplicidade”

O zagueiro, que também atuou como lateral esquerdo em alguns jogos com a camisa rubro-negra, garante que concentração não falta a esse elenco do Atlético. Ele terá a missão de barrar o atacante Walter, um dos destaques do torneio, e sabe que se respeitar o nível de competitividade do atacante e de todo o time do Goiás, o Atlético poderá ter a chance de sair na frente da final.

“A equipe deles é a favorita, já falei isso outras vezes. Vamos com todo o respeito que é necessário, com toda a cautela, mas sempre tentando vencer, tem que tentar buscar pelo menos uma vitória para levantar o troféu. Tô muito focado essa semana e espero conseguir parar o Walter, a gente conhece toda a categoria que ele tem, mas não só ele, como também o Neto Baiano, se acabar jogando”

pitucaDo outro lado, a experiência de Pituca e a influência do jogador dentro do Atlético é um fator respeitável. O jogador esteve presente em todas as campanhas, desde 2006, em que Atlético e Goiás decidiram o título na grande final, e até por isso, sempre é visto conversando com o técnico Waldemar Lemos. A receita de Pituca para esse momento de decisão é bem simples e por isso, ele dá moral aos companheiros.

“Tem que passar só tranquilidade para eles, decisão a gente só pode errar o mínimo, é preciso manter a concentração total em jogos assim”

Com tantas decisões no currículo, o volante Pituca, que já tem 304 jogos pelo clube e marcou 14 gols, tem moral para avaliar quais foram as finais mais emocionantes entre Atlético e Goiás, seja as conquistas, sejam as derrotas. O volante faz questão de lembrar que não se pode desesperar no primeiro jogo, já que a disputa só termina no outro domingo, dia 19.

“Todos os títulos são importantes, mas o de 2007 é o que mais ficou marcado, até pelo longo tempo que o clube não conquistava um título estadual. Marca também aquele do ano passado, quando não conseguimos levantar o tricampeonato. Agora, temos 180 minutos para vencê-los, tem que ter muita atenção durante o tempo todo, os dois jogos são muito importantes para a gente”