“É ruim para o futebol brasileiro. Nem na várzea. Na várzea, com quatro horas, cinco horas antes, você sabe se vai ter jogo ou não. Hoje, uma liga tão importante como a nossa não teve o jogo de uma hora para a outra”.

Esse foi um trecho da entrevista do vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz, a respeito da decisão do STJD em suspender o jogo Goiás x Corinthians, que aconteceria no Estádio Hailé Pinheiro na noite do último sábado (15), quatro horas antes da bola rolar.

Estava tudo pronto. Jogadores dos dois times concentrados, a arbitragem à caminho da Serrinha, ingressos já comercializados, imprensa já pronta para trabalhar… mas aí veio a decisão que foi acatada pela CBF. Tudo por conta do impasse em relação a torcida do Corinthians que foi inicialmente proibida, depois liberada e proibida novamente de estar no estádio.

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É obvio que a declaração de Marcos Braz é motivada pelo fato do Corinthians, que deveria enfrentar o Goiás no sábado (15), não ter o desgaste dos 90 minutos – mesmo utilizando um time alternativo. O Timão é adversário do Flamengo na próxima quarta-feira (19) na decisão da Copa do Brasil.

Só que Marcos Braz tem razão. FOI UMA VÁRZEA.

Daqui a pouco o Ministério Público do Rio de Janeiro manda uma solicitação à CBF dizendo que pode existir confusão envolvendo torcedores do Corinthians com os do Flamengo na decisão da Copa do Brasil. E aí?

Não teremos torcida do time visitante?

O Ministério Público tem um papel muito importante em todo o Brasil. Porém a função de evitar confusão e de punir com prisão quem está saindo da linha é da Polícia. Ainda mais quando ela já está monitorando os movimentos entre torcedores de dois times que estão organizando uma briga.

O mesmo absurdo ou várzea… cada um chama da maneira que achar melhor, é o que já acontece em Goiás. Clássico com apenas uma torcida, pelo simples fato de que a Polícia lavou as mãos e mostra não querer resolver o problema da violência nos estádios ou fora deles.

Sempre destaco que é difícil explicar para meu filho se ele torce pelo Goiás, que ele não pode ir ao jogo com a mãe pelo fato dela ter escolhido o Vila Nova como time do coração.

Isso é uma mostra que estamos perdendo a batalha.