Marconi Perillo tem apoio do PSDB para se recandidatar ao governo de Goiás. A posição foi firmada em reunião dos 27 diretórios estaduais e Executiva Nacional do partido, desta terça-feira, 6, na sede nacional, em Brasília. As lideranças convergiram para o nome do presidente da legenda, Aécio Neves, a candidato a presidente da República nas próximas eleições, com dispensa de prévias, implodindo as chances de José Serra encabeçar, ao menos na sigla, a disputa.

O presidente do PSDB em Goiás, Paulo de Jesus, esteve no encontro que definiu os rumos da articulação eleitoral tucana em todo o País. “Fizemos um relatório da situação do partido, representatividade, coligações e até a nominata de candidaturas a estadual e federal”, pontua, destacando o encaminhamento dado “à questão da chapa majoritária”.

A estratégia principal da reunião era encaixar as 27 “peças” do tabuleiro tucano que compõem a totalidade do mapa nacional e, assim, desenhar o cenário que o partido almeja para viabilizar a candidatura de Aécio Neves. “Ficou acertado que vamos fazer cinco encontros regionais para discussão das regiões. Também foi discutida e pedida a presença do senador Aécio Neves, nosso virtual pré-candidato à presidência da República e presidente nacional do PSDB nos Estados”, com ênfase no Norte e Nordeste, “onde ele é menos conhecido”, na perspectiva de montar “esse grande projeto para o Brasil”, conforme define Paulo de Jesus.

O dirigente goiano admitiu que cinco Estados administrados pela legenda aptos à recandidatura receberam incentivo dos diretórios estaduais à continuidade dos atuais governos – Goiás, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Alagoas. O governador Simão Janete, do Pará, por exemplo, cumpre segundo mandato consecutivo e, portanto, não pode ser cogitado. Siqueira Campos, do Tocantins, é desabonado pela “dificuldade dele ser candidato à reeleição”, segundo Paulo de Jesus. Nos locais onde a recondução não for viável e nas unidades da federação governadas por outros partidos, o PSDB avaliou potenciais candidatos próprios ou adesões a alianças.

Se vai ou se fica
Marconi passou o ano cambiando em declarações que esvaziaram a certeza no balcão de apostas de seu nome como candidato natural da sigla para pleitear o governo em 2014. O presidente do PSDB em Goiás falou que, na reunião desta terça, Marconi foi recomendado por unanimidade. “O Marconi é uma liderança benquista pelo PSDB do país inteiro.” Mas Paulo de Jesus admitiu ter sido interrogado sobre a baixa intenção do governador de tentar novo mandato, ao que respondeu: “O que ele está dizendo é que não participa de perspectiva eleitoral em 2013. Ele só vai discutir política eleitoral no ano que vem. Claro que o nacional, ao ter essa posição (de apoio à recandidatura), o fortalece a continuar o projeto”, disse Jesus, alegando que “o governador Marconi é muito partidário” e, por enquanto, “está focado em cumprir os compromissos de campanha de 2010”.