Em novembro, são celebradas duas datas destinadas à conscientização e combate de doenças graves respiratórias que acometem pessoas de todas as idades. A pneumonia está entre as principais causas de morte no mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, oito e cada dez óbitos pela enfermidade no Brasil entre 2015 e 2017 foram de idosos.
Em entrevista à Sagres TV nesta segunda-feira (16), o médico pneumologista Pedro Pompeu, afirma que as doenças respiratórias são mais comuns do que se imagina.
“São doenças extremamente comuns, extremamente prevalentes, só que nunca tiveram acesso à mídia como a gente está tendo esse ano por conta da Covid. Mesmo quando a Covid-19 passar, não vamos nos esquecer que as doenças respiratórias são extremamente comuns e graves”, alerta.
Com a pandemia da Covid-19, as doenças respiratórias ganham mais notoriedade, e levam maior preocupação, isso porque o vírus continua por aí.
“Na Covid, quando o pulmão está afetado, é uma pneumonia viral causada pelo vírus Sars-Cov-2. Então a gente tem pneumonias bacterianas que se tratam com antibiótico e virais. O que acontece muitas vezes é que aquela infecção que começa viral, o vírus destrói o epitélio respiratório. Então as bactérias que estão dentro do nosso pulmão não têm mais a barreira de defesa e acabam penetrando”, relata.
A boa notícia é que a pneumonia tem vacina, pneumocócica, que foi introduzida no calendário básico de imunização infantil do Brasil para menores de 2 anos em 2010. Até então, a vacina era direcionada às pessoas com mais de 60 anos, principalmente residentes em asilos ou casas de apoio à idosos.
“Pneumonia é a primeira, tem vacina e poucas pessoas sabem que existe vacina para pneumonia. Isso é muito importante”, conclui.
Confira a entrevista a seguir