Na próxima quinta-feira(29), o Vila Nova estará na pauta do TJD-GO, por denúncia oferecida pelo procurador Vitor Naves. Em suma, trata-se de incidentes ocorridos no clássico do último dia 11. Na ocasião, o Vila Nova venceu o Goiás por dois a um. Logo após o fim da partida, foi colocado no sistema de som do Estádio OBA, a música ‘Mocinhas da Cidade’. Houve também, desentendimento entre o atleta do Goiás, Miguel Figueira e dirigentes colorados. Além disso, o jogador esmeraldino fez gesto obsceno em direção aos dirigentes colorados, em meio a provocações. Antes de descer para o vestiário, Miguel Figueira apontou o dedo médio em direção aos dirigentes.

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Além disso, o presidente executivo Hugo Jorge Bravo, também foi denunciado pela procuradoria. Segundo o diretor jurídico do Vila Nova, Dr. Maurilho Teixeira, em entrevista ao Sistema Sagres, houve parcialidade na denúncia oferecida.

“Vejo com muita tristeza. Já estou em fase final de atuação e quase aposentando na profissão de advogado da área desportiva e não gostaria de passar por uma situação tão constrangedora como essa. Tive acesso na totalidade, à denúncia apresentada pelo procurador Vitor Naves, em desfavor do Vila Nova e do nosso presidente. Estou tendo cuidado nas palavras, pra não ofender as pessoas, principalmente os profissionais. Mas, está estampada na denúncia, uma parcialidade robusta, do procurador Vitor Naves”, observa Dr. Maurilho Teixeira.

Denúncia e defesa

Ao passo que o Vila Nova e o presidente Hugo Jorge Bravo foram denunciados pela procuradoria do TJD, Dr. Maurilho entende que houve defesa à Miguel Figueira, por parte da procuradoria. Segundo o jurista colorado, os advogados do Goiás não precisam nem fazer defesa do jogador, por já ter sido feita, pelo procurador Vitor Naves.

“Imagino que o Goiás tenha defensores de qualidade, profissionais na justiça desportiva, gabaritados. Mas pra esse caso, nem precisa, porque na denúncia, pasmem, o procurador Vítor Naves, fez uma excelente defesa do jogador Miguel Figueira. Então, não precisa nem do Goiás apresentar defesa no julgamento. Ademais, ele se deu ao trabalho de denunciar também, o presidente Hugo Jorge Bravo, que sequer foi expulso. Por uma simples observação que o árbitro colocou na súmula. O procurador denuncia nosso presidente, num artigo que prevê pena de quinze a cento e vinte dias de suspensão. Então, vejo com muita tristeza, num momento que precisamos evoluir na justiça desportiva e como um todo, fatos como esse”, destacou Dr. Maurilho.

Censura

Ainda segundo entendimento do diretor jurídico colorado, o clube sofre censura, ao não ser permitida a reprodução de determinada música. “Na realidade, o Vila Nova está sendo censurado, porque colocou uma música, que segundo o entendimento do procurador, não pode tocar música em qualquer estádio. A não ser, que ele o procurador, pasmem, possa liberar. No mais, vejo tudo isso com essa tristeza. Penso que a Justiça Desportiva, não pode se dar ao luxo, com tanto trabalho que tem, de apreciar um fato tão irrisório e desprezível”, afirmou.

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De acordo com Dr. Maurilho Teixeira, tudo não passa de desabafo, após um resultado positivo. Sobretudo, por não ter buscado a justiça, quando Miguel Figueira postou nas redes sociais, a música ‘Choram as Rosas’. Na ocasião da postagem, o Goiás tinha vencido o clássico no Estádio da Serrinha.

“Considero desprezível. Repito, porque no primeiro jogo entre os dois times, tenho um vídeo que me enviaram, de jogadores, inclusive o Miguel Figueira, cantando uma música das rosas. Nem sei o nome ou letra da música, que entendem que é pra provocar o Vila Nova e seus jogadores. Eu não me dei ao trabalho e nem dei trabalho à justiça desportiva, de denunciar aqueles jogadores. Entendo que é brincadeira, ato de desabafo, chega de tanto ‘mimimi’ no futebol. Estamos matando as galinhas de ovos de ouro, com essas denúncias”, desabafou Dr. Maurilho Teixeira.

Respeito

Ao mesmo tempo que Dr. Maurilho Teixeira entende como uma denúncia parcial por parte do procurador Vitor Naves, o mesmo sai em defesa dos auditores do TJD-GO. Sobretudo, ao lembrar que procuradoria e auditores são órgãos independentes e diferentes um do outro.

“A procuradoria é uma coisa. Os auditores do tribunal, é outro órgão, independente da procuradoria. Muito embora, alguns confundam o tribunal como sendo procurador e auditores. Nós temos muito respeito, consideração e admiração, pelo tribunal em si. Mas não posso falar a mesma coisa, de um procurador que faz uma denúncia como essa. Estou tranquilo, vou apresentar a defesa, tenho teses robustas para absolver o Vila Nova e nosso presidente. Não vou adiantá-las aqui, porque são teses que devem ser apresentadas na minha sustentação oral”, destaca o diretor jurídico colorado.

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Ao mesmo tempo que demonstra confiança na absolvição, Dr. Maurilho Teixeira não descarta punições. Principalmente por entender como uma denúncia parcial. Algo citado em vários pontos da entrevista concedida ao Sistema Sagres de Comunicação.

Acompanhe a entrevista completa: