Considerado a Fera do Jogo no empate sem gols contra o Atlético (MG), no jogo de sábado (31), no Serra Dourada, Dudu Cearense, em entrevista exclusiva ao repórter André Rodrigues da Rádio 730, falou sobre a arbitragem, renovação e a maratona de partidas que a equipe goiana terá pela frente. Sem titubear, o volante foi direto ao próximo adversário dessa terça-feira (3), em Goiânia.

Para ele, a equipe do técnico Renato Gaúcho não pode ser temida. “É um jogo de seis pontos contra o Grêmio, um jogo difícil. Mas a equipe está bem preparada, está bem focada. Estamos numa ascensão muito boa na competição. Temos que respeitar o Grêmio, equipe de história. Mas a gente quer um lugar ao sol na competição. Vamos em busca dos três pontos, acreditando na vitória a qualquer momento”, diz.  

Na opinião de Dudu Cearense, a equipe esmeraldina está amadurecendo na competição e não pode temer qualquer equipe nesse Campeonato Brasileiro. “A equipe está amadurecendo a cada partida e é bom ver que, mesmo com um a menos no jogo contra o Atlético/MG tivemos chance de até ganhar o jogo. Mas infelizmente isso não aconteceu”, relata.

Ao ser perguntado sobre se o cansaço pode prejudicar, Dudu Cearense fez questão de salientar que cada jogador deve ter consciência de que a maratona de jogos (5 jogos em 15 dias) que o Verdão terá pela frente, é essencial para as pretensões do clube na Série A. “Cada um tem que ser inteligente, já que o futebol de hoje está em alto nível, tem que se preparar muito. O importante é descansar e nos alimentarmos bem, já que treinar vai ser muito pouco”. acrescenta.

Já com relação a “briga” no meio de campo do Goiás, entre ele, Thiago Mendes, Amaral e Davi, Dudu diz que essa é uma “dor de cabeça” que todo técnico quer ter em sua equipe “É uma boa dor de cabeça pro Enderson Moreira.  É uma briga sadia, um grupo sem vaidades e sei que quem entrar vai dar seu melhor. Bom também, porque temos quatro volantes na equipe, de alto nível, onde nem todas as equipes do Brasil possuem isso.”

Bem no Brasileiro da Série e vivo na Copa do Brasil, o Goiás terá a torcida do técnico Cuca, do Atlético/Mg nas quartas de final da Copa do Brasil. Dudu Cearense ressalta a importância de a equipe ter os pés no chão na duas competições, mas que sonha com uma vaga na Copa Libertadores. O Verdão está a seis jogos de disputar a competição pela segunda vez na história. “A Copa do Brasil é um torneio de mata-mata, mas temos que jogar com cautela, sem irmos para cima já no primeiro jogo.  A equipe está ciente disso, e temos a consciência de que estamos a seis jogos da Libertadores, mas temos que pensar jogo a jogo. Só depende da gente.”

Dudu Cearense perdeu o bom humor, ao ser perguntado sobre a atuação do árbitro do Paraná, Edivaldo Elias da Silva. Para ele, além de errar na expulsão do ala Vítor, o árbitro intimidava os jogadores no gramado. ”Ontem fiquei muito louco. É inacreditável um árbitro daquele chegar no nosso estádio e fazer o que fez. O Vítor não era pra ter sido expulso.  A bola estava rolando e ele (Vítor) bateu sem querer na cabeça do Pierre. O carrinho que o Marcos Rocha, lateral do Atlético, deu no Wellington era pra ter sido expulso. Infelizmente somos atletas e não podemos fazer nada. As vezes a gente fica até refém dentro de campo. Nós (jogadores) somos os artistas do palco. Se a gente não pode reclamar, quem vai reclamar? Esperamos que da próxima vez não seja assim.

Segundo Dudu, quando o jogadores reclamavam, ele fazia questão de ser irônico com os atletas. “Ele foi muito, muito irônico. Ele falava “olha já falei uma vez, não vou falar mais”. Quando um companheiro nosso falava algo, ele falava “cala a boca que quem manda aqui sou eu”, nos intimidando. Eu falava com ele uma vez e parava, porque se eu continuasse seria expulso.  Além dos adversários, temos também que ganhar dos árbitros. “

Com relação ao seu contrato com o Goiás, Dudu fez questão de reforçar o desejo de permanecer na equipe para 2014, mas que isso a diretoria é que tem que decidir. “Estou  muito feliz em Goiânia. Minha família (esposa e filhas) adoram a cidade. Se renovasse com o clube, ficaria muito feliz. Mas sou funcionário do clube. Deixo para a diretoria do Goiás conversar  comigo sobre esse assunto. O que eu mais queria era ajudar o Goiás, e isso estou fazendo. O mais importante é estar contribuindo com a equipe. Prêmios individuais são legais, mas me sinto mais feliz estando na arena, jogando.