Após anúncio da segunda redução no preço de combustível nas refinarias, feito pela Petrobrás no último dia 8, o valor nas bombas continua em alta. A gasolina comum, por exemplo, pode ser encontrada a R$ 3,97.

Segundo o taxista Rodrigo Pereira, o gasto com o combustível por mês, em média, chega a R$ 400 por semana. Ele relata que a dificuldade para trabalhar por conta dos altos valores nas bombas está cada vez maior.

“É um absurdo, porque não minha profissão eu necessito do petróleo, por meio da gasolina e do etanol, e esse preço acaba gerando vários transtornos. O Procon toma algumas atitudes, porém os postos não respeitam. É a máfia dos postos, o valor do petróleo aumentou e o nosso lucro foi lá embaixo”, ressalta.

Na opinião do profissional de contabilidade, Edimilson de Souza, Goiânia está vivendo em meio à prática de cartel dos combustíveis. “Houve uma redução do preço e esse preço não chegou ao consumidor. Não se sabe e não tem como comprovar, mas nota-se um cartel muito grande em função disso e o consumidor sempre leva o prejuízo”, aponta.

Por causa do valor dos combustíveis, há quem já tenha trocado o automóvel pelo transporte coletivo. É o caso do pedreiro Ivan Ribeiro. Em meio à dificuldade para abastecer o carro, ele pede maior atenção por parte da Justiça.

“Ontem (13) eu não pude trabalhar porque o combustível está caro, preferi pegar um ônibus. Sempre consigo colocar de R$ 30 a R$ 40, nunca consegui encher um tanque. Fica o apelo para que possam baixar o preço, porque está muito caro”, afirma.

Há quem diga que os preços praticados em Goiânia superam até a capital federal, como ressalta o advogado Marcos Mendes. “Tenho ido muito a Brasília e lá o preço está bem abaixo daqui, e sempre foi mais alto. Deu tempo para cá, Goiânia está superando Brasília. No fim do mês, na hora de somar dá uma diferença. O Ministério Público tem que agir quanto a isso, não adianta o Procon fiscalizar mas na hora que vai para o judiciário para tomar alguma providência, a gente não vê resultado nenhum”, protesta.

O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo  no Estado de Goiás em Goiás (Sindiposto), José Batista Neto explica o motivo pelo qual os postos ainda não abaixaram o preço da gasolina.

“As distribuidoras ainda não repassaram o desconto da Petrobrás para os postos no que se refere à gasolina. O repasse foi feito no diesel e na gasolina ainda não. Esses repasses serão feitos na medida em que as distribuidoras os fizer para os postos. Quando isso acontecer, o repasse será feito também aos consumidores. É o que esperamos”, frisa.