Economia prateada é a soma de todas as atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas que têm mais de 50 anos e aos produtos e serviços que elas consomem ou um dia vão consumir.

O administrador e mestre em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, analisa a desvalorização desta parcela da população no Brasil em relação ao mercado de trabalho.

“Ela tem um peso considerável, acima até mesmo dos jovens. A gente falava que o Brasil era um país jovem, hoje a gente já está envelhecendo. Com isso, dentro do mercado de trabalho a gente tem essa tendência a uma desvalorização, infelizmente”, afirma.

A expectativa de vida do brasileiro aumentou mais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a entidade, a pessoa que nascer em 2020 viverá em média 76,7 anos; a que nascer em 2040, até 79,9e em 2060, até 81,2 anos.

De acordo com a Oxford Economics, a economia prateada já é a terceira maior atividade econômica do planeta, inclusive no Brasil. Em território brasileiro, já há mais idosos (30 milhões) que crianças de até cinco anos. Em 30 anos, esse número deverá chegar a 68 milhões.

“Essa parte da população tem mais renda que os jovens, sustenta grande parte das nossas famílias, inclusive ajudando a criar os filhos e os netos”, avalia.

Segundo Ongaratto, com a Reforma da Previdência e o aumento da expectativa de vida no Brasil, o país passa a viver realidade semelhante à dos europeus, com a reabsorção de mão-de-obra no mercado de trabalho.

“É preciso existir políticas públicas de emprego e renda para esta parte da população, porque não é somente chegar acima dos 60 anos. É continuar produtivo e entender que a nossa vida laboral, do ponto de vista econômico, tende a aumentar”, analisa.

Confira a entrevista a seguir no Tom Maior #111