Os Estados Unidos vivem agora a expectativa do resultado das eleições de meio de mandato, a chamada Midterm. Os primeiros resultados indicam que aquela “onda vermelha”, ou seja, uma avassaladora vitória dos republicanos, na câmara e no senado, não se confirmou.

Confira análise de Norberto Salomão:

Apesar do Partido Republicano ter confirmado o favoritismo na Câmara, no Senado a situação ainda permanece indefinida. De acordo com as projeções da Associated Press, com base nos resultados parciais das apurações nos Estados, os republicanos haviam conquistado 199 assentos na Câmara, chegando perto dos 218 necessários para renovar a maioria na Casa, enquanto o Partido Democrata havia confirmado apenas 172.

“Nos Estados Unidos o mandato de deputado é diferente do nosso, não é de quatro anos, é de dois. Não tem limite para reeleição, mas o mandato é mais curto. Já no caso do Senado, a eleição também ocorre a cada dois anos, mas o mandato de senador é de seis anos. Então, a cada dois anos tem eleições para, aproximadamente, um terço do Senado. Em alguns estados é o voto majoritário, quem tiver mais voto leva, e em alguns estados, como a Georgia, por exemplo, a eleição pode ir para segundo turno, quando nenhum dos candidatos atingir 50% mais um dos votos”, explicou o professor de geopolítica e historiador, Norberto Salomão.

As projeções de momento também apontam que o Partido Democrata poderá até conseguir manter uma ligeira maioria no Senado, o que seria uma importante vitória para que o presidente Joe Biden não tenha que enfrentar dois anos de mandato com um Congresso totalmente travado por seus adversários. Os democratas confirmaram 48 cadeiras, a mais importante delas, até o momento, conquistada na Pensilvânia, anteriormente sob domínio republicano.

“Esperava-se então uma surra acachapante, no Senado talvez uma maioria, mas não tão farta, e poderia haver até investigações de um impeachment do presidente Joe Biden. Mas, não foi o que aconteceu. A onda vermelha, que muitos jornalistas estão brincando que foi uma marolinha, eu estou dizendo que morreu na praia e a verdade é que quem acaba fortalecido nesse processo é o Joe Biden”, analisou Norberto Salomão.

A disputa pelo Senado dos Estados Unidos na Geórgia terá um 2º turno. O democrata Raphael Warnock e o republicano Herschel Walker se enfrentarão em 6 de dezembro de 2022. Nenhum dos candidatos alcançou o mínimo de 50% dos votos. Segundo a Associated Press, até esta quarta-feira (9), Warnock teve 49,4% dos votos e Walker 48,5%.

Warnock tenta a reeleição contra Herschel Walker, ex-jogador de futebol americano apoiado pelo ex-presidente Donald Trump. O democrata foi eleito pela 1ª vez em 2021 contra a senadora Kelly Loeffler, apoiada por Trump. Foi o 1º negro eleito para o Senado para representar a Geórgia.

Confira a análise completa de Norberto Salomão no link acima.

Leia mais: