O conflito continua e parece que só vai ser resolvido na próxima reunião ordinária do Conselho Deliberativo, na segunda-feira (02). Depois de Carlos Alberto Barros, Magid Fleury e Gutemberg Veronez mostrarem suas posições, foi a vez de Newton Ferreira, diretor de futebol, mostrar seu “lado polêmico” e discordar da criação de uma terceira via no clube. Em entrevista durante o programa Toque de Primeira, Newton explicou que, pela forma como aconteceu, não é a favor de uma composição de chapas.

“A minha opinião é que não se faça, porque eles fizeram uma exigência que eu acho que eles não tem cacife para bancar, mas respeito todas as opiniões. O Barros definiu que não vai (disputar eleição), mas eu, particularmente, era a favor de ir, só que eu faço parte do grupo. Agora, se nós formos para a eleição e ganharmos, eles só vão entrar lá no dia da reunião do Conselho, e não precisa criar esse clima de inimizade. Eles não querem participar, querem impor. Não tem jeito, eles chegaram lá ontem”

Entre as diversos aspectos abordados por Magid Fleury e pelo candidato à presidência executiva da nova chapa, Gutemberg Veronez, está a alegação de que o grupo atual, que tem falado que colocou R$2 milhões no clube, já teria retirado todo esse montante com receitas da Nota Show de Bola e bilheteria. Newton se mostrou irritado e negou a acusação contra o grupo atual, aproveitando até para cutucar a “oposição”.

 “Não é verdade, ainda tem lá uns R$700, R$800 mil. Olha bem: a eleição era dia 25 de novembro, pra que convocar pro dia 9? Será que eles acham que nós temos cara de bobo e que vamos pagar todas as contas e entregar para eles no zero? Eles estão brincando com profissionais e com uma instituição muito maior, que é o Vila Nova. Gente, venha conosco e participe sem cargo, demonstre o valor. Não queira impor uma posição. Eles estão de estilingue brigando contra bala de canhão”.

Com carta branca para comandar o futebol do Vila Nova, Newton Ferreira sabe que ainda tem muitas restrições no clube, até mesmo entre os torcedores, mas garante que o projeto moderno proposto para o Vila vai impedir qualquer palpite dos diretores sobre o futebol. O dirigente acredita que tem sido alvo até de inveja dentro do Vila e que, se o grupo atual continuar, ele vai continuar na mesma função atual.

“O que é que todo mundo quer no Vila? O meu cargo, não é? Eu não tenho cargo. Todo mundo quer dar palpite no futebol e nós estamos querendo tratar o Vila para o Executivo não dar palpite no futebol. Eu represento o futebol para esse grupo. Porque eles querem o meu lugar nesse grupo? Eles que arrumem um grupo que dê suporte financeiro e credibilidade para eles terem o representante de futebol deles. Eles querem que o nosso grupo me tire para eles darem palpite no futebol”