Foto: Rubens Salomão/Arquivo/Sagres On

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O deputado federal e presidente estadual do PSB em Goiás, Elias Vaz, avaliou o resultado da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados na última semana. Em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (15), o parlamentar destacou que o partido vai continuar em busca de alterações na proposta. 

“A expectativa é que a gente consiga ainda fazer algumas alterações amenizando esse impacto na vida das pessoas, sobretudo nas pessoas que ganham pouco, que têm baixa renda e estão sendo profundamente prejudicadas com essa reforma”, afirma. 

Questionado sobre a votação da reforma em segundo turno no Congresso, Elias Vaz estima que os parlamentares não devem demorar a apreciar os destaques da proposta, mas alerta para possíveis impasses entre Câmara e Senado, como a inclusão de Estados e Municípios, defendida por prefeitos e governadores, entre eles o de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). 

“Emenda constitucional tem de haver consenso entre as duas casas. Se houver diferenças, torna-se um impasse. Essa questão dos Estados e Municípios pode virar um impasse porque a Câmara tomou a posição. Aparentemente o Senado pode tomar outra posição. Eles têm um instrumento que é feito quando acontece isso que é um desmembramento. Se desmembra aquele aspecto que tem divergência e cria uma outra PEC”, esclarece. 

Uma das mudanças da reforma bastante criticada por Elias Vaz é a da faixa de renda para quem tem direito a receber o abono salarial. Na proposta, só vai poder sacar o benefício quem ganha salário até R$ 1.364,43, ou seja, 1,37 do mínimo. 

“Eles consideraram que quem ganha acima de R$ 1.360,00 (o valor correto é R$ 1.364,43), ou seja, quem ganha R$ 1,4 mil é um privilegiado. Isso deve novamente entrar em pauta. É uma oportunidade de os deputados inclusive refazerem essa injustiça. É um grande absurdo dizer que isso é para combater privilégios”, ressalta. 

Com o recesso de deputados federais e senadores, os parlamentares só voltarão a discutir esta e outras pautas em agosto.

Ouça a entrevista na íntegra