Sagres em OFF
Rubens Salomão

Em ano pré-eleitoral, Comando proíbe “viés político” de policiais nas redes sociais

O comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Renato Brum dos Santos, definiu, por meio de portaria assinada ainda em junho, regras e restrições para o uso de redes sociais ou outros meios de comunicação por servidores da tropa. O documento impede qualquer “divulgação ou propagação de dados, textos, áudios, fotos, imagens e vídeos relacionados a fatos definidos como crime ou contravenção penal”. Mais ainda, o comando passa a proibir “a manifestação de opinião pessoal de policiais militares sobre assuntos funcionais”.

A portaria do Comando da PMGO toma como base o crescente uso das redes sociais por policiais militares para distinguir o que pode ou não ser publicado por eles nas redes. “A vida pessoal do policial militar deve ser distinguida da carreira profissional, podendo o militar utilizar-se das redes sociais e demais recursos disponíveis na internet para realizar postagens que façam referência a sua vida particular, porém, sem jamais responder ou comentar quaisquer assuntos relacionados à segurança pública ou de viés político”, define o comandante.

A medida completa que o policial não pode falar em nome da Polícia Militar sem a devida autorização, principalmente quando utiliza a farda da corporação. A portaria é publicada em ano pré-eleitoral e em cenário de crescente participação de militares nas eleições proporcionais, com disputas aos cargos de deputado estadual e federal no próximo ano de 2022.

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Desconforto

Nos bastidores, policiais que se tornam digital influencers tem gerado incômodo entre servidores da Segurança Pública pelo país. Nomes como do delegado Da Cunha, em São Paulo, e do Policial Militar Gabriel Monteiro, no Rio de Janeiro, que se tornaram youtubers com a divulgação de operações e análises sobre a Segurança. Monteiro, inclusive, foi eleito vereador no Rio em 2020.

Interesse próprio

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu interesse do governo na aprovação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas criticou o valor de R$ 5,7 bilhões destinados ao Fundo Eleitoral para a eleição de 2022. “Num projeto enorme, alguém botou no projeto essa casca de banana ou essa jabuticada”, disse.

Críticas

Bolsonaro ainda tenta isentar de responsabilidade os deputados aliados na Câmara. “Obrigado aos deputados que votaram a LDO. Todos eles estão sendo acusados injustamente por ter votado esse fundão. Eu sigo a minha consciência”, considera o presidente ao reclamar da votação simbólica, sem destaque para o Fundo Eleitoral.

Quem são?

O autor da emenda que aumentou de R$ 2 bilhões para o mínimo de R$ 5,7 bilhões é o deputado Juscelino Filho (DEM-BA), com articulação de líderes do Centrão. Dos 17 eleitos por Goiás, apenas quatro votaram contra a LDO: Zacharias Calil (DEM), Elias Vaz (PSB), Flávia Morais (PDT) e Rubens Otoni (PT).

Agilidade

Dos projetos enviados pelo governo estadual para sessões extraordinárias na Assembleia Legislativa, a matéria que prevê regras para uso de recursos da Lei Aldir Blanc deverá ser o primeiro aprovado. A pressa se dá por conta do prazo curto para que a Secult lance os editais que atenderão artistas e produtores culturais.

Análise

O deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania) é o relator da proposta que deverá ser aprovada hoje na Comissão Mista e em primeira votação no plenário. A votação final deve ficar para esta terça-feira (20).

Aliança em teste

Em meio ao recesso parlamentar na Câmara Municipal de Goiânia, vereadores independentes consideram que o projeto de lei do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que propõe a criação da Taxa de Limpeza Pública, será o primeiro teste de fidelidade da base de apoio ao prefeito na Casa.

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