Uma carreata na tarde desta sexta-feira (15) pede a reabertura do comércio em Goiânia, que está fechado por conta de decreto do governo estadual como medida de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

Em motos, automóveis e caminhões, comerciantes fizeram buzinaço, soltaram fogos e pediram a retomada consciente das atividades econômicas, em plena pandemia.

Famílias pagam 2, 3, 4 mil reais de plano de saúde, estão parados, não estão tendo renda. Precisamos reabrir o comércio, Goiânia”, diz ao microfone um dos manifestantes em um carro de som, sem usar máscara, contrariando o decreto, e vestindo uma camisa amarela com os dizeres “#FechadosComBolsonaro”.

A carreata começou no Mercado do Setor Pedro Ludovico, percorreu a Avenida T-63 e vai até a Praça Cívica. No carro de som, um dos manifestantes critica o governo do Estado pelas medidas, e chama o governador Ronaldo Caiado de “fascista” (veja vídeo).

Ninguém merece passar fome, que seja por uma ordem ditatorial. O povo brasileiro tem o direito de trabalhar. Caiado, o que a gente está falando é que a gente entende do perigo do corona, mas a gente também precisa achar um meio-termo. Você não pode jogar milhões de pessoas nas ruas, desempregados, sem plano de saúde, passando fome, pessoas confinadas em casa, cometendo suicídio”, entoa Gustavo Gayer, empresário bolsonarista que esteve presente em uma manifestação de enfermeiros em Brasília, que pediam melhores condições de trabalho durante a pandemia, no dia 1º de maio.

No início da semana, Caiado chegou a anunciar que publicaria novo decreto ampliando o isolamento social e retomando o fechamento das atividades não essenciais, para evitar o crescimento da curva de mortos e infectados no estado. Na quinta-feira (14), o governador voltou atrás e disse que a medida precisa ser depois que construir uma “sintonia com a maioria do Estado e com as entidades”.

Goiânia possui 29 mortes confirmadas pela Covid-19 e 904 casos confirmados, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo a Pasta, um óbito foi excluído do levantamento por não ter sido residente da capital.