Foto: Celgpar/Divulgação

Em comunicado publicado na tarde desta quarta-feira (26) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Celg Par informou aos acionistas e ao mercado ter recebido a incumbência de seu acionista controlador, ou seja, o Estado de Goiás, para tomar as providências necessárias para a venda de suas ações na Celg Geração e Transmissão (Celg GT).

De acordo com o comunicado, a Celg Par, recebeu a incumbência de contratar empresa ou consórcio de empresas para elaboração de estudos e posterior assessoria, para alienação das ações de sua propriedade. A Celg Par foi criada em 2006 pelo governo de Goiás para ser o controlador da Celg Distribuidora (Celg D) e da Gelg GT. A primeira empresa foi vendida pelo então governador Marconi Perillo em novembro de 2016 para a Enel Brasil.

O governador Ronaldo Caiado decidiu vender todas as estatais, para cumprir um dos pré-requisitos exigidos pela Lei 159/2017, para poder aderir ao Regime de Recuperação Fiscal. O governo também quer ter um capital para investir no Estado. No ano passado, o investimento do Estado foi de apenas R$ 523,039 milhões, incluídos valores empenhados, mas ainda não realizados. Isso significa que os investimentos foram bem menores, o que colocou Goiás como o terceiro Estado que menos investiu em todo o País.

A Celg GT, com patrimônio líquido de R$ 917 milhões, é responsável pela geração e transmissão de energia. De acordo com informações do mercado, a estatal gera uma média de R$ 70 milhões de lucro por ano e está avaliada na faixa de R$ 1 bilhão. Em meados de fevereiro, o governo iniciou o trabalho na formatação das desestatizações da Metrobus e da Iquego. A autorização para venda das estatais foi concedida pela Assembleia Legislativa em projeto proposto pelo governo.

Atualizado em 27/02/20, às 08h32, para a inclusão de informações