Durante todo o período eleitoral, Jair Bolsonaro recebeu inúmeras críticas por ser uma ameaça a democracia brasileira. Além de ser o retorno de um militar ao poder após a ditadura comandada pelo grupo no Brasil, que durou de 1964 a 1985, o candidato também adotou um discurso ostensivo e de críticas a minorias. Agora, como presidente, Bolsonaro assumiu um tom mais ameno e prometeu fazer um governo para brasileiros

“Nosso governo será feito por pessoas que tem o mesmo propósito das pessoas que tem o mesmo propósito das pessoas que me ouvem nesse momento. Podem ter certeza que vamos trabalhar dia e noite para isso. Liberdade de ir e vir e andar pelas ruas por todo este país, com liberdade política e religiosa, de dar informação e dar opinião. Esse é um país de todos nós, de cores e orientações. Como defensor da liberdade, vou fazer um governo que defende o cidadão”, prometeu.

Com mais de 57 milhões de votos, Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil neste domingo e terá o desafio de administrar o país pelos próximos quatro anos. A missão mais dura vai ser pacificar o país e ganhar a confiança dos milhões que foram às ruas protestar contra a sua candidatura.

Entre as críticas durante a campanha, as principais eram em cima do discurso agressivo de Bolsonaro contra as minorias, com críticas a gays, quilombolas, pobres e nordestinos. Durante o período eleitoral, o protesto #Elenão ganhou força, inclusive de artistas internacionais, como Madonna e Roger Waters. O último, lendário baixista e letrista da banda Pink Floyd, está em turnê no Brasil e chamou Bolsonaro de neo-nazista em um mural com vários outros políticos, como Marine Le Pen (França), Donald Trump (Estados Unidos) e Nigel Farage (Inglaterra).

No discurso de vitoria, Bolsonaro criticou o tom ideológico presente no país e que vai dar atenção especial para os jovens.

“Eu prometo que isso vai mudar. Governaremos com olhos para a futura geração. Mas sem o viés ideológico que fomos submetidos nos últimos anos. Vamos nos apartar com países mais desenvolvidos, países que podem nos agregar tecnologia. Vamos recuperar o nosso respeito internacional”, garantiu.