A COP-28 termina na próxima terça-feira, dia 12. Para a gestão ambiental em Goiás, o evento pode resultar em diversas reflexões para a sociedade, setor produtivo e autoridades. Entre as análises está a transição energética, com a descarbonização da economia, mas sem prejudicar o desenvolvimento sustentável.

A secretária de Meio Ambiente Andréa Vulcanis explica em entrevista ao jornalista Vinícius Tôndolo, que também acompanha a COP-28 direto de Dubai, que a conferência foi importante para inserir Goiás em uma pauta central no mundo, entender a dinâmica dos países e como estão lidando com diferentes abordagens.

“Tudo isso está sendo trabalhado em torno de recursos para transição energética. A descarbonização da economia é o tema central da COP, só se fala disso e a disputa dos países ricos, com os países pobres”, avaliou.

Andréa Vulcanis destaca que Goiás tem um desafio de diminuir as vulnerabilidades sociais, pois parte da população ainda depende de auxílios governamentais.

“A descarbonização da economia é o tema central da COP, só se fala disso e a disputa dos países ricos, com os países pobres. Ao mesmo tempo que a gente precisa dar qualidade de vida, segurança para a população, ao mesmo tempo a gente precisa entrar neste processo de descarbonização da economia, mudança de tecnologia, pra isso precisa de muito investimento”, relatou.

Secretária Andrea Vulcanis participa da COP-28. Foto: Vinícius Tôndolo.

Desafios

Além do desafio de se pensar em transição energética, Andréa Vulcanis indica que uma das principais questões em Dubai foi a distinção entre países ricos e pobres, e os objetivos de cada um. As fontes de recursos para promoção de um desenvolvimento sustentável ainda são entraves.

“A única coisa que a gente ouve falar por aqui é de onde vão sair para os países não desenvolvimentos fazerem a transição e sustentar as suas economias, esse é um grande desafio e a gente precisa refletir sobre isso e chegando a uma conclusão, que nós precisamos voltar pra Goiás e pensar o que Goiás quer para ter um desenvolvimento sustentável”, disse.

Aprendizado

A secretária de Meio Ambiente relata que há questões de aprendizado e que serão aplicadas em Goiás. Ela relata que é preciso de um diálogo amplo para indicar quais caminhos o Estado precisa seguir.

“ Nós precisamos fazer um grande diálogo nacional, e envolve o que queremos. Vi, por exemplo, que o resíduo sólido aqui em Dubai é todo queimado, não separa nada, não tem catador, cooperativa, é a realidade deles aqui, e nós o queremos? Dubai teve uma decisão pragmática, por exemplo, em relação a resíduos sólidos, precisamos decidir quais caminhos a gente precisa adotar, quais políticas públicas podem nos levar a soluções definitivas”, finalizou.

Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação global contra as mudanças do clima.

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