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O governador Ronaldo Caiado (DEM) e o prefeito Iris Rezende (MDB) se reuniram nesta sexta-feira (15) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Após o encontro, os dois foram questionados sobre o transporte coletivo em Goiânia. A respeito do Eixo Anhanguera, que liga as regiões leste e oeste da capital, Caiado defendeu sua privatização.

“A função do Estado, hoje, na situação difícil em que se encontra em segurança, na área de educação, e de saúde, que não temos sequer uma interiorização da saúde no Estado de Goiás, governo não tem que tomar conta de ônibus. Isso não é função de governante em nenhum lugar do mundo onde se faz política séria”, afirma. Perguntado sobre a privatização, o governador respondeu: “Sim, nunca tive dúvida em relação a isso”.

O prefeito Iris Rezende enumerou os próximos passos para que haja a privatização do Eixo Anhanguera. “Seria o Estado devolver à Prefeitura a concessão que lhe foi dada, e a Prefeitura privatizar. Abrir licitação e buscar a melhor empresa para substituir a ação do governo estadual. Como o governador acabou de dizer, as funções do governo vão muito além de questões de transporte coletivo de uma linha que atende a uma parte da cidade”, afirma. “Se for necessário a privatização, Estado e Município ficarem como fiscalizadores do trabalho diante da privatização, vamos fazer e com rapidez. A verdade é que não pode continuar como está”, complementa.

Iris e Caiado defendem que o poder público fique somente como fiscalizadores do serviço, mas não têm um modelo para substituir o atual, formado pela Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC). Eles disseram que uma equipe de secretários da Prefeitura e do Estado vão discutir uma proposta. O democrata deu a entender que o Estado não continuará à frente do transporte coletivo. “Temos que entender que o Estado hoje se ocupa daquilo que é obrigação direta do Estado. Essas outras funções devem ser dadas a uma agência reguladora”, diz o governador.

Ronaldo Caiado também defendeu uma ideia de agência reguladora, que não seria consultiva, mas deliberativa. “Ou ela penaliza ou cassa a concessão”, defende.