O vigilante Tiago Henrique da Rocha, de 28 anos, foi condenado nesta quinta-feira (17), a 20 anos de reclusão pelo homicídio de Rosirene Gualberto da Silva. O crime ocorreu por volta das 23h20 do dia 19 de julho de 2014, na Avenida Anhanguera, no Setor dos Funcionários.

A sessão foi realizada pelo 1º Tribunal do Júri da comarca de Goiânia e presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, com abertura dos trabalhos às 8h30.

Como já ocorreu em sessões anteriores, o serial killer não esteve presente no julgmanento. Diferentemente do último, ocorrido na quinta-feira passada (10), o conselho de sentença foi formado inversamente, com cinco mulheres e dois homens. O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) foi representado pelo promotor Cyro Terra Peres e a defesa realizada pela defensora pública Ludmila Fernandes Mendonça.

Poucas pessoas estiveram presentes no tribunal no 21º julgamento do vigilantes, que já contabiliza 483 anos e 10 meses de prisão, e que já vem sendo cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia.

A defesa afirma que vai recorrer da decisão.

O crime

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra Tiago Henrique em novembro de 2014, por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e com utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo a denúncia, Rosirene e sua irmã, Rocilda Gualberto da Silva, dirigiam-se à Danceteria Viola de Prata, no automóvel da vítima. Ao chegarem perto do estabelecimento comercial, Rosirene estacionou o veículo sobre a calçada para trocar os seus sapatos.

Enquanto permaneciam dentro do automóvel, Tiago Henrique, segundo a denúncia do MPGO, parou sua motocicleta ao lado da porta da motorista e anunciou um assalto, determinando que entregasse as chaves do veículo. A vítima não esboçou reação e, antes que atendesse a ordem, o vigilante disparou um único tiro de revólver em seu peito. Em seguida, o vigilante deixou o local do crime tranquilamente. Rocilda da Silva sofreu um ferimento leve no antebraço.

Logo após ser preso pela força-tarefa montada pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária, em outubro de 2014, Tiago Henrique confessou o crime. O Laudo Pericial de Confronto Microbalístico indicou que o projétil que atingiu a vítima foi expelido pelo revólver apreendido na residência do acusado. Rocilda da Silva também reconheceu o vigilante como autor do disparo e fotografias de fotossensores instalados nas ruas da região onde ocorreu o crime mostram a motocicleta utilizada por ele transitando pelo local na data e horário do crime.