Leandro Demori, um dos diretores do site The Intercept Brasil, e Sérgio Moro, ministro da Justiça (Fotos: Montagem/Sagres On)
Um dos diretores do site The Intercept Brasil Leandro Demori escreveu em seu perfil no Twitter que o investigado deveria ser o próprio Sérgio Moro. A mensagem foi uma resposta a uma publicação do ministro, que parabenizou a operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), que investiga o suposto hackeamento de celulares de autoridades brasileiras na operação Lava Jato.
“Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você”, tuitou Demori em resposta a Moro.
Moro havia tuitado antes, porém no mesmo dia, a seguinte mensagem: “Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”.
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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você. <a href=”https://t.co/sDIyg4Hytn”>https://t.co/sDIyg4Hytn</a></p>— Leandro Demori (@demori) <a href=”https://twitter.com/demori/status/1154084283738464256?ref_src=twsrc%5Etfw”>July 24, 2019</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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Ao todo, quatro pessoas foram presas na operação, todas no interior paulista, suspeitas de hackear celulares de autoridades. Em seu tuíte, Demori reforça que o The Intercept Brasil não comenta sobre suas fontes. Em outra postagem, afirma que a Constitui garante a veículos de comunicação o sigilo de quem fornece as informações.
Nos últimos meses, o site vem divulgando diálogos do aplicativo de mensagens Telegram atribuídas a autoridades durante a Operação Lava Jato, entre elas Moro, cujas conversas teriam ocorrido quando ele ainda era juiz federal, e o chefe da operação no Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol.
Nesta quinta-feira (25), o ministro da Justiça Sérgio Moro tuitou que “A vulnerabilidade foi explorada por hackers criminosos e pessoas inescrupulosas. As centenas de vítimas, autoridades ou não, que tiveram a sua privacidade violada por meio de crime, serão identificadas e comunicadas pela Polícia Federal ou pelo MJSP”.
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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>A vulnerabilidade foi explorada por hackers criminosos e pessoas inescrupulosas. As centenas de vítimas, autoridades ou não, que tiveram a sua privacidade violada por meio de crime, serão identificadas e comunicadas pela Polícia Federal ou pelo MJSP.</p>— Sergio Moro (@SF_Moro) <a href=”https://twitter.com/SF_Moro/status/1154437165293735941?ref_src=twsrc%5Etfw”>July 25, 2019</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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