Há dois meses a bola não rola em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como medida preventiva para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Embora aos poucos os treinos estejam retornando em alguns estados, ainda não há nenhuma perspectiva certa para que os jogos voltem.
Walter Feldman, secretário-geral da CBF, tem sido o porta-voz do órgão máximo do futebol brasileiro durante o período de inatividade. Nessa quarta-feira (14), o dirigente participou de uma transmissão da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e falou sobre a situação do futebol nacional.
Segundo Feldman, “me perguntam muito se já há data de volta dos jogos, mas a resposta contundente é não, do ponto de vista de sensatez e da saúde. Sabendo das dificuldades, elaboramos um protocolo no qual debatemos com 140 médicos, além de sempre estarmos em contato com o Ministério da Saúde e secretários estaduais ligados à saúde”.
“O retorno às atividades de treinos já foi orientado pela CBF e pelas federações. Inicialmente por teleconferência e depois, com segurança, para voltar aos CTs com distanciamento social, medindo temperatura e realizando com testes. Estamos fazendo passo a passo e os clubes estão voltando, principalmente os da Série A”, acrescentou.
A essa altura do ano, o Campeonato Brasileiro, nas suas quatro divisões, estaria se encaminhando para a terceira rodada, enquanto as competições regionais já teriam sido finalizadas. Contudo, se os estaduais ainda não terminaram, muitas competições nacionais nem mesmo iniciaram.
Sobre o calendário, “imediatamente após a paralisação, começamos a montar todos o cenários imaginários e temos todos os meses estabelecidos. Neste momento, ainda é perfeitamente possível termos um calendário completo e assim recomeçar os estaduais, prosseguir a Copa do Brasil e iniciar os campeonatos das séries A, B, C e D”.
Feldman fez a ressalva de que “caso daqui a pouco a pandemia se instale de maneira mais agressiva, em todo momento teremos de reavaliar”, mas reforçou que ainda “é possível um calendário completo neste momento sem mudança estrutural”.