O Empoderando Refugiadas é um programa que tem como objetivo impulsar a inclusão socioeconômica de mulheres refugiadas e migrantes (incluindo mulheres LGBTQIA+, com deficiência e com mais de 50 anos), que chegam ao Brasil buscando apoio.
A venezuelana Mariangel chegou ao Brasil há onze meses buscando um recomeço. Ela cruzou a fronteira da Venezuela com Roraima trazendo dois dos seus quatro filhos, uma irmã e uma sobrinha. Sem uma rede de apoio ou perspectivas de conseguir emprego, Mariangel buscou uma vaga em um abrigo emergencial na capital Boa Vista (RR), e lá teve contato pela primeira vez com o programa.
Para conseguir melhorar de vida a venezuelana participou de cursos e capacitações sobre o mercado de trabalho brasileiro, sobre leis e direitos trabalhistas, e para desenvolver habilidades que pudessem aumentar suas chances de contratação.
Dois meses depois, assim que as aulas acabaram, ela recebeu uma proposta do shopping Iguatemi, em Campinas (SP), uma das empresas engajadas com o projeto. Com isso Mariangel se mudou com a família para o interior paulista e hoje voltou a fazer planos.
“Eu me sinto bem porque sou uma mulher empoderada, uma mulher que pode seguir em frente, uma mulher que pode lutar por seus filhos, dar tudo a seus filhos, trabalhar, e que não depende de outra pessoa para ter as coisas”, comemora.
Empoderando Refugiadas
Mariangel é uma das dezenas de mulheres que participaram da sétima edição do Empoderando Refugiadas. O programa é desenvolvido em conjunto pela Agência das ONU para Refugiados (ACNUR), ONU Mulheres e Pacto Global.
Estas mesmas agências da ONU também atuam em diferentes projetos, mobilizando instituições e empresas para incluir mais mulheres refugiadas e migrantes no mercado de trabalho, com capacitação e acompanhamento para a integração no novo destino.
Além de mobilizar pela abertura de novas oportunidades de emprego, as agências também trabalham para criação de iniciativas que fortaleçam os direitos econômicos e as oportunidades de desenvolvimento das mulheres refugiadas e migrantes. E, para aquelas que optaram por abrir o próprio negócio, as agências buscam apoiar na conquista de novos mercados e na inclusão nas cadeias produtivas já existentes.
Leia mais: