A proposta do Governo Federal de unificar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os estados tem preocupado empresários e autoridades públicas em Goiás.O projeto, aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, determina que a alíquota de 12% existente nos estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste passe para uma alíquota interestadual de 4% em 2021.
Com isso, Goiás pode ter uma queda de R$ 2,5 bilhões na receita, gerando desemprego para quase 400 mil pessoas. Para protestar contra as alterações nas alíquotas do ICMS, uma mobilização vai acontecer no dia 15 de maio (quarta-feira) em Brasília, no Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), às 10 h.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, explica que a reforma gera a perda de indústrias e empregos. “Alguns estados que sempre foram muito ricos não estão contentes com o crescimento de Goiás. Não apenas temos a chance de perder dezenas de grandes indústrias e de centenas de milhares de empregos, mas também os prefeitos vão perder dinheiro. Isso não vai ser uma perda só para o governo estadual. Será uma perda também para os prefeitos que recebem 25% da nossa arrecadação”.
A presidente da Associação Comercial Industrial do Estado de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, aponta que a maioria dos segmentos empresariais vai perder a competitividade. Já o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Cleudes Bernardes, o Baré, alega que existe uma desigualdade na distribuição da receita.
Reportagem de Izadora Louize
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