(Foto: Nathália Freitas / Sagres Online)

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira, disse nesta quinta-feira (23) à Sagres 730 que as empresas registram um déficit entre 50% e 60% de sua receita com a redução de passageiros em função do isolamento social que já dura mais de 30 dias. “Nós estamos passando pelo pior momento”, disse, defendendo um plano emergencial de sustentabilidade das concessionárias de ônibus.

“Estamos trabalhando inicialmente em uma queda de 80% nos últimos números na carga de 75% da demanda, e a redução da despesa ela não é muito grande porque só conseguimos reduzir os custos variáveis, combustível, peças, rodagem, acessórios e outras coisas. Na prática, mão de obra não difícil de reduzir, até porque precisamos ficar com os funcionários treinados e não há que se falar em demissão. Então a redução da despesa foi na casa de 20% no máximo, e o déficit oscila em torno de 50% e 60% da receita”.

Nesta quarta-feira (22), o juiz Átila Naves do Amaral concedeu liminar em ações proposta pelo SET e determinou que o poder concedente não cobre das empresas o cumprimento de regras contratuais; a suspensão da obrigação de pagamento mensal feito à CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo) a título de parcela do poder concedente (PPC), cerca de R$ 700 mil por mês; e a elaboração, em 48 horas, de um plano emergencial, que contemple o custeio das atividades essenciais das empresas e que, no prazo cinco dias, a CMTC, viabilize, junto as concessionárias “solução financeira emergencial, de caráter compensatório, considerando a pretensão de se destinar à subvenção da folha de pagamento e aquisição de óleo diesel das concessionárias da RMTC, com o consequente apoio dos cofres públicos durante o prazo de isolamento social decretado em razão da crise do coronavírus.”

Adriano Oliveira detalhou que o pedido foi fundamentado por ser um serviço público essencial e, portanto, deveria haver ação do poder público na solução desse desequilíbrio econômico. “Conseguimos foi justamente a provocação da própria Justiça, para que o poder público, a CMTC, Estado e Prefeituras, possam sentar com as empresas e conseguir uma solução para equacionar esse desequilíbrio”, disse. “Essa foi a grande conquista, isso já vinha acontecendo, mas agora pela decisão judicial passa a ter um prazo para encontrar a solução. Buscamos interlocução com a CMTC, com a Prefeitura de Goiânia e com o Estado já temos reuniões marcadas para hoje”.

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