Servidores federais da educação estão em greve há mais de um mês e continuam com as paralisações em todo o país. Na última reunião de negociações, na sexta-feira (19), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou a proposta de 9% a partir de janeiro de 2025 para a reestruturação de carreira dos técnico-administrativos (TAE). 

Entretanto, o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) classificou a proposta como “irrisória e decepcionante”. 

Os técnico-administrativos pararam em 11 de março. Desde então, deram início ao movimento de greve geral que inclui agora as escolas federais da educação básica e os institutos federais de ensino técnico e profissional. Além de adesão das universidades federais de ensino superior.

Mas apesar do indicativo de greve nacional aprovado para 15 de abril pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), em 22 de março, para as  universidades federais, a adesão de todas as instituições é uma incógnita.

Atualização da greve

Os técnico-administrativos estão em greve há 44 dias e o Sinasefe marca 20 dias de paralisação dos professores da educação básica federal nesta terça-feira (23). De acordo com o Comando Nacional de Greve do Sinasefe, profissionais de 70 seções sindicais aderiram à greve. O sindicato já contabiliza adesão de 519 unidades da Rede Federal de Educação nos 26 estados e no Distrito Federal. Confira a tabela com todas as instituições no site do sindicato.

Entre as universidades há casos e casos, pois nem todas aderiram à greve no dia 15 de abril. Um levantamento do portal de notícias G1 realizado, no dia 15, em todos os estados e no Distrito Federal mostrou que ao menos 52 universidades federais entraram em greve na data indicada, como é o caso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mas a Associação dos Docentes (Aduff-SSind) da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizou assembleias simultâneas nas sete cidades em que está presente no dia 18 de abril, três dias depois. E assim aprovou adesão dos professores à greve nacional das instituições federais de ensino superior a partir de 29 de abril.

Assembleia da UFF (Print: Aduff-SSind)

Quem decide pela greve?

A maioria dos casos envolve uma decisão separada entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e os sindicatos dos docentes das próprias universidades. Esse foi o caso da UFF e é o caso também da Universidade Federal de Goiás (UFG), que lançou nota avisando que tomaria uma decisão interna no âmbito das três instituições que a compõem.

“O Adufg-Sindicato informa que qualquer decisão a respeito de uma possível greve ou paralisação envolvendo os professores das universidades federais localizadas em Goiás (UFG, UFJ e UFCat) será tomada pela categoria, pois a entidade sindical é autônoma e não uma seção sindical”, afirmou a nota veiculada em 15 de abril.

Segundo o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), as assembleias da UFG ocorrem nesta quarta-feira (24) em Catalão, na quinta-feira (25) em Goiânia e no dia 30 de abril em Jataí. Desta forma, a UFG não está em greve e não é possível saber se a universidade vai aderir antes de todas as assembleias.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de qualidade.

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