Alunos pretos representam 7,6% das matrículas totais do Ensino Superior na rede privada e 11,9% da rede pública. O dado é resultado do levantamento Mapa do Ensino Superior, lançado nesta semana pelo Semesp, entidade que representa mantenedoras de Ensino Superior do Brasil.
No Brasil, a chamada Lei das Cotas é a principal política educacional relacionada ao aumento do acesso de pessoas pretas às Instituições de Ensino Superior (IES).
Em 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 56,1% da população brasileira se autodeclarou preta ou parda.
Nesse sentido, a Lei nº 12.711/2012, segundo especialistas, ocupa um lugar central na luta em prol de equidade no acesso à Educação Superior e no enfrentamento das manifestações da exclusão social.
Comparativo
A 13° edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil também traz dados comparativos, referentes aos anos de 2011 e 2021. Dessa forma, é possível destacar que em 2011, alunos pretos correspondiam a 5,5% do número total de matrículas nas IES privadas.
Veja o gráfico apresentado pela publicação:
Tecnologia da Informação (TI)
Ao mesmo tempo, em algumas graduações, as desigualdades estruturais aparecem de modo ainda mais evidente. Nesse ano, o Mapa do Ensino Superior destinou uma seção completa para síntese dos dados referentes aos 20 cursos da área de TI.
Assim também, segundo a pesquisa, a composição dos acadêmicos de TI em 2021:
- 56,7% dos alunos se declararam brancos
- 8,1% dos alunos se declararam pretos
- 33% dos alunos se declararam pardos
- 1,8% dos alunos se declararam amarelos
- 0,4% dos alunos se declararam indígenas
De acordo com o próprio levantamento, a realidade atual demonstra a importância de políticas públicas inclusivas. Nesse viés, atuando sobretudo como instrumento para ampliar o acesso das minorias aos cursos da área de TI.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade.