A informação destacada nesta manhã pelo repórter André Rodrigues, da Sagres 730, de que oito funcionários do Goiás foram diagnosticados com a covid-19, assustou em um primeiro momento. Posteriormente, o médico do clube esmeraldino, Bruno Favaron, explicou os procedimentos com os infectados, todos assintomáticos, que deverão seguir período de isolamento e não participarão do retorno das atividades neste momento.
Os exames, realizados no início da semana, tiveram um custo aproximado de R$ 30 mil para o clube – cerca de R$ 500 por cada teste. Foram realizados dois procedimentos, o IGG (sorológico), que coleta o sangue, e o PCR, que extrai uma secreção do nariz. Bruno Favaron ressaltou que “a união dos dois exames que solicitamos fez toda a diferença. O PCR é para avaliação das infecções agudas, já o exame de sangue detecta a formação de anticorpos, que só ocorre 14 dias após a infecção”.
Fábio Sanches, zagueiro do Goiás, durante realização de exames (Foto: Reprodução/TV Goiás)
Um padrão diferente do que foi abordado pelo Atlético Goianiense, por exemplo, que retomou os treinamentos na segunda-feira (1). No clube rubro-negro, todos os funcionários envolvidos nas atividades no CT do Dragão fizeram o exame sorológico – cerca de 55 testes. O método adotado segue a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também está no protocolo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Gleyder Sousa, médico do Atlético, explicou em entrevista à Sagres 730, na semana passada, o processo realizado. O profissional garantiu que o protocolo utilizado é seguro e que o exame PCR será realizado somente caso um funcionário tenha os sintomas do novo coronavírus ou venha de outra cidade. O clube, inclusive, planeja fazer uma segunda bateria de testes duas semanas após os primeiros exames.
O Atlético está monitorando seus jogadores de uma forma mais próxima por mais tempo que o Goiás, uma vez que nem todos os atletas esmeraldinos estavam em Goiânia, que retornaram para a cidade após a convocação para a realização dos exames. Os atletas rubro-negros, por outro lado, já estavam na capital goiana há cerca de três semanas e foram acompanhados pelo setor médico no período.