A prefeitura de Aparecida de Goiânia já realizou 6.800 testes de covid-19 do tipo padrão ouro (RT-PCR), revelou o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, à Sagres 730 nesta quinta-feira (4). No mesmo período Goiás fez 6.506 exames, o que representa uma média de 927 exames para cada grupo de 1 milhão de pessoas. Em Aparecida a relação é bem maior: 11.800 por 1 milhão.

Goiás é o Estado que menos faz testagem em comparação com dez unidades federativas que divulgaram esses números. Espírito Santo examinou 12.664 pessoas por grupo de 1 milhão. O Rio Grande do Sul, o segundo que menos testes realizou, já fez uma média de 1.260 pelo mesmo grupo. O vizinho Distrito Federal fez 7.164 testes por 1 milhão e o Tocantins, 2.113.

De acordo com o secretário, o município tem um diagnóstico maior de casos, porque está fazendo teste em todos pacientes sintomáticos que procuram as unidade de Saúde e que se enquadram no protocolo, ou seja, pessoas do grupo de risco. Aparecida de Goiânia tem 600 casos confirmados de coronavírus.

Em uma análise da curva de crescimento de casos aponta que quando Aparecida registrou 50 casos de covid-19 levou 8 dias para chegar em 100 casos, exatamente quando iniciou a flexibilização das atividades comerciais. “Levamos 11 dias para registrar 200 casos. De 200 para 400, levamos 9 dias. Na nossa avaliação, de 400 para 800 vai levar em torno de 9 dias, então a curva está mantendo um crescimento nesse cenário”. 

Alessandro Magalhães explicou que apenas 12% dos pacientes  por covid estão sendo internados. “Por que nós estamos fazendo o diagnóstico precoce […] Outro número a taxa de ocupação de leitos de UTI, que tem mantido entre 20 e 30%”, detalhou. “Nesse cenário com essas estratégias que fizemos de testar muito, monitorar e isolar os casos residencialmente, talvez nos tenha possibilitado uma flexibilização maior”. 

Lockdown regional

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus, decretou a realização do escalonamento regional das atividades comerciais na cidade a partir da próxima segunda-feira (8). O secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, explicou que o município tinha uma divisão de 10 macrozonas, em cima delas foi feito uma análise de casos. “A partir disso, foi dividido que duas macrozonas por dia ficaram fechadas”.

Poderão funcionar apenas o sistema bancário e serviços de saúde de urgência e emergência. Comércios como farmácias e supermercados, que também são considerados essenciais não deverão funcionar neste novo escalonamento. “As outras regiões estarão abertas, e temos observado uma grande aglomeração em supermercados. Além disso, é um dia apenas, é possível programar no restante da semana”.

De acordo com o chefe da pasta, essa medida é para alcançar o isolamento social de 50% recomendado pelas Organização Mundial de Saúde. “A Prefeitura está preocupada com o crescimento dos casos e com o distanciamento social que não conseguimos alcançar”, disse. “Vamos monitorar nesta semana se vamos alcançar o distanciamento, para reavaliar o modelo. É uma tentativa de manter a economia em funcionamento e ao mesmo tempo tentar alcançar o distanciamento em 50%”.