Em meio à campanha nacional do Maio Amarelo, voltada à conscientização para a segurança no trânsito, o secretário municipal de Engenharia de Trânsito de Goiânia (SET), Tarcísio Abreu, participou de uma entrevista no Tom Maior para debater os desafios e as estratégias para melhorar o comportamento nas vias urbanas.
Segundo Tarcísio, a mudança no trânsito começa por um fator essencial: a educação. “O trânsito sempre é um desafio porque o trânsito requer respeito, requer limites”, afirmou. Para ele, a transformação cultural é um processo de longo prazo. “Não se muda uma cultura da noite para o dia. É por isso que a Secretaria tem várias ações, como o trabalho de orientação nas escolas”, destacou, reforçando que crianças bem informadas hoje serão motoristas mais conscientes amanhã.
O secretário enfatizou que a educação no trânsito não se limita aos condutores. “Cada um tem seu papel. O pedestre, o ciclista, o motociclista, todos precisam entender e respeitar as normas. É uma construção coletiva”, disse. Ele também citou exemplos internacionais e nacionais, como Brasília, onde campanhas de respeito à faixa de pedestre já resultam em mudança de comportamento.
A campanha Maio Amarelo, segundo Abreu, é fundamental para fomentar essa cultura de paz. “A palavra que muitas pessoas repetem é respeito. E isso faz todo sentido quando a gente pensa em uma cultura de paz no trânsito”, afirmou. Para ele, mais do que um mês simbólico, a ação é uma oportunidade de reforçar valores como tolerância e responsabilidade.
Tarcísio também comentou sobre a importância das fiscalizações como ferramenta educativa. “Nós ficamos nove meses sem fiscalização eletrônica. As pessoas desacostumam. A presença das câmeras e blitz, além de fiscalizar, ajudam a lembrar que existem regras a serem cumpridas”, explicou.
A nova central de controle operacional da Secretaria de Trânsito, de acordo com o secretário, não tem como único objetivo punir. “O foco está no monitoramento e na resposta rápida a ocorrências. Se há um acidente, um semáforo apagado ou um carro parado prejudicando a fluidez, a central pode agir imediatamente”, relatou.
Outro ponto relevante levantado por Tarcísio foi o uso da tecnologia para melhorar a segurança pública. “Hoje registramos todas as placas que passam pelo sistema. Se um carro for roubado ou clonado, ele é identificado automaticamente pelo sistema, o que auxilia também as forças de segurança.”
Por fim, ele reforçou que o trânsito seguro é responsabilidade de todos. “O carro, se estiver sendo conduzido de forma errada, pode se transformar em uma arma. Precisamos respeitar os limites de velocidade, evitar o uso de celular ao volante e, principalmente, nunca dirigir após consumir álcool”, alertou.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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