Paulo Lopes ao lado de Sérgio Rassi
Paulo Lopes foi um dos presidentes mais importantes da história do Goiás. Além dos vários títulos em sua gestão entre 1995 e 1998, o dirigente também foi o responsável pela entrada no Clube dos 13, um feito que colocou a agremiação em um novo patamar ao lado dos principais times do país. De office-boy a presidente, o dirigente relembra em entrevista à Sagres 730 um pouco dos 46 anos de serviços ao esmeraldino e da evolução do clube nestes 76 anos de história.
“Eu, como sempre, peguei o clube com dívidas e conseguimos sanar todos esses problemas. Entramos no clube dos 13, fomos campeões, revelamos Fernandão, Josué, Alex Dias, tivemos Aloísio. Foi um bom trabalho. Hoje sou gestor financeiro e continuamos o trabalho. Estamos em dia com o Profut, com os balanços em dias. Estamos deixando o Goiás com um futuro mais promissor e grande para o futuro”, analisou o ex-presidente.
O principal feito de Paulo Lopes foi a entrada do Goiás no Clube dos 13, associação que reunia os grandes clubes do futebol brasileiro. A conquista colocou o esmeraldino em posição de destaque no cenário nacional e também maior peso político para negociação.
“É uma felicidade plena. Nós conseguimos uma posição de destaque, ficamos em oitavo no ranking. Tínhamos conquistados 24 pontos e fomos para a CBF para uma reunião do Conselho Arbitral. Nós não éramos do Clube dos 13, mas eu disse que o Goiás, com a boa pontuação que tínhamos, aprovaria qualquer regulamento. Naquele dia o Eurico Miranda disse que a gente fez um bem para o nosso clube e que nos convidaria para o Clube dos 13”, contou.
Porém, no dia em que Eurico Miranda convidou o Goiás, houve divergências e o Botafogo tentou vetar a entrada do clube goiano.
“O Botafogo tentou vetar, disse que o Guarani que deveria entrar por ser campeão brasileiro e ter estádio. Nisso o Fábio Koff (presidente do Clube dos 13) pediu a palavra e disse que o Goiás não tem estádio, mas tem patrimônio. Disse que o Goiás vai entrar no Clube dos 13 porque a diretoria e o Paulo Lopes são muito melhores que o Beto Zini (ex-presidente do Guarani), que naquela época já era bem visto no futebol”, explicou.
A entrada no Clube dos 13 ajudou o Goiás nas negociações dos direitos de transmissão e antecipações de luvas com a TV Globo. Apesar do fim do Clube dos 13 em 2011, o Goiás seguiu com prestígio com a emissora, com a assinatura de um novo vínculo que permitiu ao clube os acessos para a Série A.
“Conquistamos uma boa amizade, que passou a ser também com a Rede Globo. Eu participei de todos os contratos com a Globo, inclusive este último. Essa minha trajetória de 76 anos, no qual 48 foram com o Goiás, foi uma história feliz”, relatou.
Por fim, Paulo Lopes lembrou da histórica campanha no Campeonato Brasileiro de 1996, quando a equipe parou nas semifinais para o Grêmio, em um time que só ganhou corpo com a chegada do técnico Paulo Gonçalves.
“O Cabralzinho estava muito mal, demitimos ele e decidimos um voo solo, com o que a gente tinha. O Paulo Gonçalves veio e teve uma trajetória de sucesso. O Lúcio foi a grande revelação. A emoção no futebol é grande demais. O ambiente é nervoso, mas é agradável. Foi uma época de felicidade”, finalizou.
Confira a Entrevista
{source}<iframe width=”100%” height=”300″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/601591284&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true&visual=true”></iframe>
{/source}