Recém chegado ao Atlético para sua terceira passagem no time rubro-negro, o técnico Wagner Lopes foi o convidado desta quarta-feira (24) do programa Debates Esportivos, que contou com a apresentação de Wendell Pasquetto e os comentários de Charlie Pereira, Gerliézer Paulo e José Carlos Lopes, e falou sobre seu retorno à Goiânia, o “quase acesso” em 2014, atual elenco rubro-negro, vida no Japão e muitos outros assuntos.

Técnico Wagner Lopes no estúdio da Sagres 730 (Foto: Nathalia Freitas/Sagres On)

Mascarenhas e Tomas Bastos

Contrato para substituir Claudio Tencati, Wagner Lopes saiu de Joinville diretamente para o Rio Grande do Sul, onde o Atlético venceu o Brasil de Pelotas na última rodada. Por isso, em um primeiro momento, não teve contato com Mascarenhas e Tomas Bastos jogadores que não foram relacionados para a última partida e que não devem mais vestir a camisa rubro-negra nesta temporada.

Durante sua participação, o treinador não quis entrar em detalhes, mas falou de “assuntos internos” e afirmou que a situação dos dois atletas será resolvida pela diretoria atleticana.

“Em um primeiro momento eu também quis saber o que tinha acontecido e as razões peço até para não expor agora porque é assunto interno e a diretoria está avaliando isso. Neste primeiro momento, não esperamos contar com os dois para o próximo jogo até resolver de fato isso e o clube anunciar oficialmente. Então, problemas internos a gente vai resolver internamente”.

2014

Esta é a terceira passagem de Wagner Lopes no Atlético, que comandou também o time em 2014 e em 2016. Em seu primeiro ano à frente do time goiano, levou o time à quinta colocação na Série B, perdendo o acesso para a Série A ao ser derrotado pelo Santa Cruz no Serra Dourada na última rodada. Ocasião que trouxe experiência para o técnico.

“Naquela época era um Atlético totalmente diferente, agora o clube é bem mais estruturado, organizado. Naquela época tínhamos problemas salariais, agora vejo que o elenco que temos hoje é tão bom quanto. Acho que o fator primordial, a coisa mais importante para a gente passar pros jogadores é confiança. A confiança vai ser o fator essencial para que a gente dê essa arrancada nos últimos seis jogos”, afirmou Wagner.

Japão

Antes da carreira como treinador, Wagner Lopes foi jogador e iniciou sua vida profissional no São Paulo. No entanto, foi no Japão o seu auge dentro das quatro linhas. Com 14 anos no país asiático, conquistou sua dupla nacionalidade e disputou a Copa do Mundo de 1998 na França pela seleção japonesa.

Apesar de ter se adaptado bem, Wagner Lopes destaca que existem alguns costumes bem diferentes em relação ao futebol praticado aqui no Brasil.

“Culturalmente é bem diferente. No futebol japonês, por exemplo, se o treino for só a tarde, de manhã os jogadores estão lá, passam o dia no centro de treinamento. O atleta profissional entende que a hora mais importante do dia é o treino, então ele se prepara para o treinamento. A dedicação, a disciplina do jogador japonês é algo muito interessante”.

Ele revela ainda que não são todos os brasileiros que conseguem se adaptar ao estilo japonês como ele conseguiu.

“Não são todos não (que se adaptam). Geralmente que não se adapta a isso fica um ano e volta (…) é muito bom jogar lá. O dinheiro é muito bom, o prêmio é muito bom, os estádio sempre lotados, o centro de treinamento, os gramados para trabalho, a qualidade de vida, segurança, respeito com o ser humano, são impressionantes”.

Apesar da distância e de uma cultura totalmente diferente à nossa, Wagner Lopes vê com bons olhos que jovens brasileiros que tenham a oportunidade de jogar no Japão, encarem o desafio.

“Tudo tem o lado positivo, mas tem o contraponto também. Mas eu não vejo dificuldade. Ser conselheiro é complicado, mas se eu pudesse dar uma opinião para atletas jovens, se tiver uma oportunidade para ir para o Japão, vá. Faça um contrato de 15 anos se te pedirem, mas não perca tempo”, ressaltou o treinador rubro-negro.

Ouça na íntegra a participação de Wagner Lopes no programa Debates Esportivos:

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