Hélio dos Anjos, ex-treinador do Goiás, disse em entrevista a ESPN Brasil, que o garoto Erik do Goias é “nesta faixa etária, o pior que peguei na minha vida, em todos os sentidos”.

O ex-técnico tem todas as condições para fazer todas estas críticas a esse jovem jogador. Muitos atletas que trabalharam junto a ele no Goiás, foram aconselhados, exigidos ao extremo e conseguiram assimilar todas essas admoestações.

Devo afirmar que muitos se deram bem na profissão e ficaram podres de ricos. Lembro-me que num passado não tão distante, tive muitos problemas com este treinador. Foram algumas divergências sérias, e um tanto quanto desagradáveis. Posso dizer que se os mesmos ocorridos fossem hoje, tanto eu, quanto ele, teríamos agido de forma diferente. Até porque não tenho inimigo em nenhuma área da minha vida. E no futebol, não seria diferente. Pra mim isso é passado.

Mas o que me preocupa mesmo, é a gravidade dessa situação. Isto é, a idéia (pra muitos, exagerada) que expõe sobre o atleta. Não é comum treinadores de futebol levarem esse tipo de situação para a imprensa. Se Hélio César Pinto dos Anjos fez isso, é porque a situação é, de fato, muito grave!

Penso que isso merece uma reflexão maior por parte da direção do Goiás. Também penso que a mesma reflexão deve ser feita pela sua família e até pelo próprio jogador.

Quando uma pessoa sem estrutura começa a ganhar muito dinheiro da noite para o dia (e esse é o caso do Erick), ela passa a viver num mundo de fantasias. Tudo completamente apartado do nosso mundo real. Pessoas assim acham que podem tudo e não precisam respeitar nada.

Esse jovem jogador está em um momento crucial em sua vida, e se não souber assimilar com bons conselhos, terá (ainda mais) problemas sérios em sua carreira.

Erik tem uma rejeição muito grande dentro do grupo de jogadores esmeraldinos. Isso não é bom! Não é bom mesmo!

Se num grupo de dez pessoas, você tiver problema com dois ou tres, podemos considerar normal. Agora, se tiver problema com sete ou oito indivíduos, tudo se transforma de corriqueiro, para anormal.

Devo confessar que esse garoto tem talento de sobra e sabe jogar bola. Mas… espero ansiosamente que ele ainda tenha cabeça, para um dia, virar gente.