Os estudantes de escolas particulares experimentam drogas mais do que os da rede pública, segundo o levantamento feito ao longo de 2010 pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em parceria com outras instituições.
Ao contrário do que é pensado, as escolas de ensino público promovem mais palestras e debates em comparação aos da rede particular. O coordenador do Projeto Escola sem Drogas da Polícia Civil, Márcio Antônio da Costa, confirma os dados levantados oficialmente.
“As escolas particulares são as que menos convidam os programas de combate às drogas, pois muitas vezes a direção e os proprietários das escolas têm medo de no momento em que a Polícia Civil, por meio do Programa Escola sem Drogas, ou então a Polícia Militar, pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), apresentarem o trabalho realizado, a comunidade e os pais desses alunos atestem que dentro dos colégios há essa realidade da droga”, argumenta.
Ele também ressalta que em todos os lugares onde há aglomeração de adolescentes e jovens, há também a oferta de drogas, como na porta das escolas e nas boates.
O Vice Presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes de Goiânia (Comen), José Galdino, explica que não é apenas nas regiões mais carentes em que a comercialização é intensa, e que desde que a pessoa tenha poder aquisitivo para poder comprar, a droga é vendida em qualquer lugar, independente da classe social.
“Na fase da juventude ninguém quer abandonara droga, pois ainda existe muito prazer e curtição. O dependente vai querer abandonar de fato na faixa etária dos 25 aos 30 anos”, afirma.
O presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino em Goiânia (Sepe – Goiânia), Alexandre Umbelino, lembra sobre o risco das drogas lícitas, e que o álcool ao longo dos anos, causa um dano terrível na vida da pessoa, assim como o crack, não importando o tempo que possa levar para destruição.