Em entrevista exclusiva ao repórter André Rodrigues, o presidente Sérgio Rassi tratou de vários pontos, desde os prejuízos de uma potencial permanência na Série B, até informações sobre o patrocínio da Caixa e a tão sonhada Arena do clube.

Além disso, Rassi falou sobre o clássico e elogiou o Vila Nova. Para o mandatário, o volante Robston é um líder no time colorado. Sobre reforços, o presidente revelou que, por ora, não pretende trazer mais jogadores.

Acompanhe a entrevista completa de Sérgio Rassi:

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Se permanecer na Segundona…

O ínicio ruim no Brasileirão preocupa os torcedores esmeraldinos, que temem mais um ano disputando a segunda divisão. Sérgio Rassi admite que, não conseguir o acesso, é, inicialmente, um prejuízo à imagem do clube

“Antes de mais nada, o prejuízo é moral. Já aconteceu de ficarmos dois anos na Série B, mas neste ano não temos dificuldade financeira. Nas outras ocasiões, poderia explicar essa situação por uma dificuldade financeira e, este ano, não temos”, afirmou o presidente.

Contudo, não é só a moral do Goiás que ficaria abalada. O mandatário revela que mais tempo na Série B seria prejudicial aos cofres alviverdes.

“Do ponto de vista financeiro também não seria interessante porque perderíamos 25% do que recebemos do novo contrato da Globo. O pior cenário é não estar na Série A em 2019 (quando entra em vigor o novo acordo). Em 2019 teríamos que estar na Série A para que fóssemos brindados por esse novo acordo”, revelou Rassi.

Vila Nova

O próximo adversário do Goiás é o maior rival. A diferença nos valores recebidos pelo clube é um dos fatores que podem justificar a recente supremacia alviverde nos clássicos. O Esmeraldino é um dos clubes com maior receita da Série B, enquanto o Tigrão recebe um valor inferior. Sérgio Rassi argumentou que os critérios estabelecidos causaram a disparidade.

“Depende do critério. O critério adotado na época da criação do Clube dos 13 foi o de um clube fechado dos maiores times do Brasil. Infelizmente para o Vila Nova e felizmente para o Goiás, o Esmeraldino fazia parte desse clube porque teve inúmeras participações na Série A e foi brindado com isso”, ponderou o presidente.

Em campo, o duelo promete ser disputado. Os adversários estão separados por apenas um ponto e a rivalidade, que abastece o confronto, é sempre um ponto de imprevisibilidade. Com o clássico chegando, o mandatário do Goiás elogiou o Vila e exaltou a figura de Robston.

“O time do Vila Nova é bom. Não se dizer quem desequilibra, mas respeitamos todos os atletas. Tem um líder lá dentro do campo, que é o Robston. Quando ele não joga, mesmo não estando no apogeu da sua forma técnica, mas ele transmite muita segurança para o grupo”, disse Rassi.

Bichos

“É de praxe do futebol. Estão dizendo que aumentamos muito o bicho, não é isso. Nós fizemos um pequeno aumento baseado numa sequência de vitórias. Eu acredito que não houve uma mudança tão grande, simplesmente mudamos a maneira de premiar. Faz parte do jogo, se você não faz o que faz parte do jogo, sai em prejuízo. Todos os clubes fazem isso”, argumentou o presidente.

Esta foi a justificativa dada por Sérgio Rassi e relação ao hábito de premiar o elenco pelo rendimento apresentado em campo. Recentemente, o Goiás promoveu um aumento dos valores oferecidos por vitória e o time voltou a triunfar.

Reforços

Para muitos torcedores, o Verdão precisa de contratações para, de fato, lutar pelo acesso. No entanto, o presidente do clube revelou que não pretende trazer muitos nomes para o restante da temporada.

“O mínimo de reforços no momento para mostrar que temos confiança, atribuirmos à esse grupo um papel muito importante para que eles se sintam prestigiados porque capacidade nós sabemos que eles têm. Principalmente, nas próximas rodadas, onde teremos os retornos dos nossos principais valores, que estavam no departamento médico”, ponderou o mandatário alviverde.

Patrocínio e Arena

Nos últimos dias, o assunto Caixa voltou à tona na Serrinha. A estatal sinalizou com um possível aporte e animou os dirigentes. Contudo, Sérgio Rassi afirmou que, apesar de estar animado, não houve avanço na negociação.

“Eu acho que não, mas não deixa de ser esperançosa, tanto uma coisa quanta a outra. A Caixa porque inclusive nos pediu os documentos e provavelmente teremos um acordo ímpar porque eles não fazem contratos no meio do ano”, afirmou Rassi.

Sobre o sonho da Arena, o presidente disse que ainda restam as licenças para que a obra saía do papel.

“Quem está mais tomando pé é o seu Hailé e, nas conversas que tive com ele e com o arquiteto que aqui esteve, estamos bem avançados nessa questão de projetos. Mas, só poderemos dar um passo adiante quando tivermos todas aquelas certidões de viabilidade, de estacionamento e elas estão caminhando muito bem”, revelou o presidente.