Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e, consequentemente, a retomada de praticamente todos os segmentos, a economia vai reencontrando o caminho da recuperação. Um dos setores que mais sofreu por causa das medidas de isolamento foi a economia criativa.

Em entrevista ao Sagres Em Tom Maior #378, nesta terça-feira (19), o professor e especialista em Economia Luiz Carlos Ongaratto explicou no que consiste esse setor, que tem resistido bravamente aos impactos da Covid-19.

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“Tem a ver com a cultura, arte, música, artes plásticas, publicidade, TV, cinema, shows, cinema, teatro. Enfim, tudo que é entretenimento. São atividades que têm um peso para a economia e, principalmente, com a economia do século 21, que é altamente mecanizada. São atividades que a gente não consegue automatizar, são essencialmente humanas”, afirmou o professor.

De acordo com a 12ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, produzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o segmento registrou perdas de -64% no faturamento, uma recuperação de apenas quatro pontos percentuais se comparada com a penúltima pesquisa, realizada em maio e que registrou perdas de -68%.

Ongaratto avaliou que uma das saídas encontradas pelo segmento foi a digitalização, como é o caso do chamado leilão dos memes. “São centenas de milhares de dólares aquelas figurinhas que a gente compartilha e as originais estão sendo tratadas como obras de arte”, destacou.