No mês da Consciência Negra é importante lembrar que a educação antirracista dentro das escolas deve ser promovida durante todos os meses do ano. A Lei 10.639 torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira para os ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o país.
A especialista em conteúdo pedagógico, Nay Barros, explica que práticas antirracistas não devem ser ensinadas apenas em um período do ano. “Quando essas ações ficam restritas em alguns períodos específicos, acabam não contribuindo de forma eficaz para mudar o racismo que está enraizado na sociedade, e por consequência, também na escola. Então, acreditamos que isso precisa estar no calendário escolar em vários momentos do ano”, ressalta.
Existem empresas que se tornam facilitadoras para a criação e implementação de ações que oferecem para a comunidade escolar práticas e reflexões sobre o tema racial, como é o caso da Árvore.

Acervo do projeto
Com um acervo com mais de 200 livros que abordam diferentes temas, o programa tem o objetivo de ser um espaço seguro para a troca de experiências entre as escolas.
“Nós criamos todo um suporte em torno dessa questão, um apoio que passa pela disponibilização de conteúdos diversos como livros de literatura e outros títulos escritos por autores negros e indígenas. Acreditamos muito nessa diversidade de vozes dentro do espaço escolar. Além disso, temos a curadoria de especialistas da Árvore e mentorias para os educadores lidarem com essas questões que aparecem o tempo todo dentro da escola”, reforça a especialista.
O programa tem como objetivo, a partir do letramento racial, discutir sobre falas e atitudes preconceituosas, como também ressaltar e celebrar as identidades de diferentes povos, valorizando suas contribuições e gerando uma cultura positiva em torno da diversidade racial. O Programa de Educação Antirracista da Árvore já conta com mais de 40 mil livros lidos.
Inscrições
As escolas participantes ainda recebem um certificado, caso exista pelo menos 30% de engajamento de leitura dos alunos na plataforma. Dentre os títulos disponíveis para os estudantes estão autores nacionais e internacionais como: Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo, Maria Firmina dos Reis, Elisa Lucinda, Kiusam de Oliveira, Daniel Munduruku, Maya Angelou, dentre outros.
As inscrições devem ser feitas pelo site oficial do Programa da Educação Antirracista da Árvore.
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