O Arena Repense desta terça-feira (28) recebeu especialistas para falar sobre os efeitos da crise hídrica e o uso racional da água como solução para o problema. O Repense do último domingo (26) abordou o tema e mostrou uma forma de amenizar, como por exemplo o uso de reservatórios.
Confira o Arena Repense na íntegra:
A previsão de seca para 2023 é de muita intensidade. A estiagem deve durar mais tempo e com temperaturas mais altas, resultando em consequências mais graves para o homem e para a natureza. Entre os motivos estão a irregularidade nas chuvas, redução na disponibilidade dos recursos hídricos, impermeabilização do solo, entre outros fatores. A saída vital e que pode amenizar eventuais impactos negativos é o uso consciente da água.
Nesse sentido, o Arena Repense recebeu o gerente de Relações Institucionais do Trata Brasil, André Machado, a superintendente de Recursos Hídricos da Semad, Camila Campos. Além disso, a coordenadora socioeducacional da Renapsi pólo sudeste, Renata Dominici.
De acordo com Camila Campos, as pessoas precisam ter uma compreensão mais holística do ciclo da água e entender que o que acontece no período chuvoso impacta nos efeitos da crise hídrica.
“O que sustenta os rios e reservatórios no período de seca é justamente a água acumulada nos lençóis freáticos no período de chuva. Então, chuvas muito intensas não resolvem, elas acabam indo embora da nossa bacia hidrográfica sem abastecer de fato o lençol freático, nossa real caixa d’água. O desafio é atuar sob todos esses aspectos do ciclo da água, não só no ponto de abastecimento em si, mas em toda a bacia hidrográfica”, destacou.

Qualidade da água
Além disso, André Machado explica que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) faz atualmente o controle dos parâmetros de qualidade da água. O especialista ainda destaca se é recomendável ou não beber água da torneira.
“Eles fazem os grandes parâmetros da qualidade do serviço, como tem que ser prestado para a população, então precisa ficar de olho nisso. A ANA delimita hoje em dia os parâmetros para todas as agências reguladoras subnacionais. Então, tem as estaduais, municipais, que fazem parte desse trabalho de fiscalização, para saber se está entregando a água da melhor maneira possível”, explicou.
“Quando existe o tratamento de água acho que você tem mais segurança que esse água está sendo tratada com uma qualidade suficientemente boa para ser ingerida. Mas, tem que ver qual o bairro, se já existe serviço de água chegando com qualidade. Então, tem que ficar atento, pedir informações para prefeitura e órgãos oficiais”, completou.
Participação jovem
Semanalmente, o Arena Repense conta com a participação dos jovens da Renapsi pela live no YouTube. Entretanto, na edição desta semana, o programa abriu espaço também para as turmas presenciais do Núcleo Seu Jaime da Fundação Pró-Cerrado, em Goiânia.
A Isabeli questionou aos especialistas o motivo de precisar fazer racionamento de água anualmente. De acordo com Camila Campos, o uso racional da água se dá por vivermos períodos distintos, ora chuvoso, ora seca.
“Não necessariamente a gente vai ter uma crise, mas sempre vamos ter um período mais seco. Então, estamos em uma região que não é abundante em água. Com os reservatórios, a gente consegue controlar essa vazão natural dos rios e vai garantir o abastecimento no período de seca. Mas, ele não é infinito e precisamos fazer o uso adequado para que não falte”, justificou.
Assista ao Arena Repense na íntegra pelo link acima.
*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 06, 11, 12 e 13
– Água Potável e Saneamento
– Cidades e Comunidades Sustentáveis
– Consumo e Produção Responsáveis
– Ação Global Contra a Mudança Climática
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