Foto: Rubens Salomão / Sagres Online

Nesta segunda-feira (21), a titular da Secretaria Municipal de Saúde, Fátima Mrué, concedeu entrevista à Sagres. Na ocasião, a secretária falou sobre a tentativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) assumir a regulação das vagas do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulação é dos municípios, mas o Estado impõe como condição para regionalização assumir a gestão das vagas.

“O assunto de regulação do acesso e dos serviços, é o coração de todos os serviços de saúde, se eu não sei para onde vou eu não tenho como resolver o problema”, afirmou. “Para a regulação eu preciso ter um local físico onde essa demanda chega, eu tenho que ter um local físico que tem a autonomia de marcar para cidades envolta, elas tem que compartilhar desse mesmo serviço. Então assim se eu tenho aqui em Goiânia eu tenho praticamente todos os serviços, os pedidos que não chegam aqui em Goiânia nós marcamos para os diversos prestadores, mas isso é Goiânia, temos que lembrar que o Estado tem 246 municípios distantes de ponta a ponta”.

A secretária pontuou que a recomendação do Ministério da Saúde sobre regulação, é que o paciente ande a distância menor possível, para ele não tenha sua condição de saúde agravada; que ele tenha o atendimento mais próximo da sua cidade; e que o que for de muita complexidade, como transplante, não justifica ter em todos os locais, mais serviços básicos têm que estar próximo a uma região de determinadas cidades em volta.

“Isso compõe o que nós chamamos de complexo regulador e de regionalização, isso em 2007 foi acordado, quando iniciou-se o processo de regionalização no país, chegou-se à conclusão que o Estado de Goiás deveria ter, pelo número de cidades, 17 complexos reguladores, ou seja, cidades os polos que poderiam atender cidades vizinhas”. De acordo com a titular da SMS, isso não aconteceu, então não houve a regionalização e que dos 17 complexos, foram criados apenas quatro, em Goiânia, Aparecida, Anápolis e Rio Verde recentemente.

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Chequinho

A secretária explicou que foi eliminado todo processo de marcação de exames de pelo ‘chequinho’. “Transformamos isso em um vale exame, que o próprio médico, quando o paciente sai da unidade, solicita o exame online”, explicou. “O paciente não sai com nenhum pedido, esse exame já sai marcado, a gente tenta buscar a vaga naquela mesma unidade onde ele está e o paciente sai com um papel dizendo dia na hora que vai fazer o exame, o paciente só anda da casa dele para realizar o exame e voltar”, contou.

Clínicas e laboratórios

Fátima Mrué disse que regularizou a situação das clínicas e laboratórios que faziam atendimento conveniado à Prefeitura. De acordo com a secretária de Saúde, para receber o valor do exame eles precisavam comprovar que fez. “Foi o primeiro impacto para todos, a gente não aceitou mais nenhum exame que não tinha comprovação que tinha sido feito”, explicou. Outro ponto de mudança, segundo Fátima, foi a informação da capacidade de atendimento mensal de cada prestador. “Antes era controlado pelo próprio prestador, agora isso fica no nosso controle”, contou.

Hospital Araújo Jorge 

No início de outubro, o Hospital Araújo Jorge divulgou uma carta aberta, um dos assuntos é a tabela de “complementação” de exames feita pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos SUS. A tabela foi reajustada pela SMS, não para cima, mas para baixo, além de excluir procedimentos que eram complementados, quando comparada com a gestão anterior.

A tabela SUS paga pela mamografia R$ 45,00, a SMS não complementa este exame e o atual custo é em torno de 90,00 para realização desse exame. O SUS paga pela colposcopia R$ 3,38 e a SMS também não complementa este exame. Fátima Mrué pontuou duas questões:

“Uma é a tabela SUS estar defasada, todos nós concordamos, mas isso é atribuição do Ministério da Saúde, então as sociedades elas devem produzir algumas provas históricas e levar junto ao Ministério da Saúde e pedir a correção da tabela”, disse. A correção da tabela, de acordo com a secretária, não é uma atribuição do secretário de Municipal. “As complementações são em algumas situações que as secretarias vêm que é necessário aquilo, em relação ao Hospital Araújo Jorge não houve nenhuma diminuição de nada da secretaria e não houve glosa sistemática também”.

Ela explicou que especificamente no Araújo Jorge, a auditoria foi reestruturada e foi identificado que procedimentos estavam sendo lançados de forma inadequada pela instituição. “Então o nosso dever como preservar o bom uso do dinheiro público, nós indicamos para eles que essa não era melhor forma”, explicou. “Nós estamos exigindo as comprovações, conforme manda o Manual de Auditoria, então se vai fazer uma determinada cirurgia eu preciso da confirmação da biópsia, na maioria dos casos, eu preciso que após a cirurgia, o cirurgião descreva corretamente o que ele fez, então é o que nós fizemos foi tratar corretamente a situação de auditoria dessas contas”, reforçou.

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O Sistema Sagres de Comunicação faz uma cobertura especial no mês de aniversário da cidade, é o Goiânia em Tom Maior. A Rádio Sagres 730, a Sagres TV e o Sagres Online realizam uma série de entrevistas com os auxiliares da administração municipal.

Assista à entrevista da secretária Fátima Mrué ao apresentador Cléber Ferreira, no Sagres Sinal Aberto, da Sagres TV

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