Três semanas atrás, o litoral paulista foi atingido por uma forte tempestade, que provocou uma das maiores tragédias da história do Brasil. Os deslizamentos desabrigaram milhares de pessoas e levaram à morte de mais de 60 vítimas.

Na busca por formas de prevenir novos desastres, a Defesa Civil da cidade de São Paulo (SP) descobriu um projeto que promete se tornar uma importante ferramenta. Com baixo custo de produção, o protótipo foi desenvolvido por um aluno do ensino médio.

“Desenvolvimento de uma Rede de Baixo Custo para Proteção e Monitoramento contra Deslizamentos em Encostas nos Centros Urbanos” é o nome do projeto de Lucas Hadlich Camargo Sampaio, aluno de 17 anos do colégio Dante Alighieri, na capital paulista.

Apresentado em uma feira de ciências no ano passado, o protótipo foi premiado na 37ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em outubro, e despertou o interesse do Conselho Regional dos Técnicos Industriais de São Paulo (CRT-SP).

Como funciona

Em entrevista ao UOL, o jovem cientista explicou que, “quando chove, a umidade do solo aumenta. Ele começa a ser menos coeso e acaba tendo vibrações”, então os sensores conseguem medir e alertar moradores de áreas de risco.

“Sem risco de deslizamento”, “perigo” e “extremamente perigoso” são os três níveis de avisos informados pelo equipamento. No último caso, a orientação é sair do imóvel com urgência. Lucas reforçou que o seu propósito é “tentar salvar vidas”.

Feito com canos de PVC, “o protótipo é completamente constituído por materiais de baixo custo. Possui um valor agregado de menos de R$ 250 por unidade”, ressaltou Wayner Klen, professor e orientador do estudante.

Em maio, o projeto será apresentado na Feira Internacional de Ciência e Engenharia (ISEF), em Dallas, nos Estados Unidos. “Quero terminar meu 3º ano com o trabalho implementado, sabendo que ele está lá (nas áreas de risco” e que pode ajudar os outros”, afirmou Lucas.

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