Estudantes da Escola do Futuro de Goiás (EFG) José Luiz Bittencourt, localizada no Bairro Floresta, em Goiânia, estão no Rio de Janeiro para participar da FIRST Robotics Competition (FRC), uma competição internacional de robótica que está sendo organizada no país pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), no Píer Mauá, desta sexta-feira (5) até o domingo (7).
Confira a entrevista na íntegra:
O professor da EFG José Luiz Bittencourt, Jefferson Lorençoni de Moraes, está acompanhado o time e disse que participar do evento é uma oportunidade de reunir experiência para projetos e competições no futuro.
“Essa estrutura toda traz pessoas para troca de conhecimento e experiência na área de tecnologia. Nossos alunos de Goiânia têm o prazer de conhecer esse ambiente, trocar experiências e ganhar essas experiências para estar desenvolvendo projetos de robôs mais complexos para os próximos eventos”, afirmou.
A competição existe desde 1998 e é a primeira vez que está sendo realizada no Brasil. São 990 competidores de 38 países. Além de Goiás, outros 17 estados brasileiros estão representados no torneio, que diferente de disputas que visam o primeiro lugar com troféus ou outros prêmios tem como primeiro princípio a demonstração dos robôs.
“A nossa expectativa é de apresentar o nosso trabalho de robótica que viemos desenvolvendo nesses últimos 40 dias, com tendência de demonstração e apresentação para um torneio de robótica, um próximo evento”, disse o professor Moraes.
Educação tecnológica
As Escolas do Futuro de Goiás são escolas públicas gratuitas de ensino profissionalizante tecnológico. Aliadas a eventos de tecnologia despertam nos jovens a curiosidade e possibilita o desenvolvimento de projetos de robótica.
Em entrevista à Sagres, a diretora de desenvolvimento e avaliação do Centro de Educação Técnico e Tecnológico da Universidade Federal de Goiás (CETT/UFG), Alethéia Cruz, explicou como os estudantes chegaram onde estão hoje.
“O projeto nasceu da participação desses alunos na Campus Party que aconteceu em junho. Os alunos se envolveram bastante nas atividades da Campus Party e lá surgiu a oportunidade de participar dessa competição internacional”, contou.
De acordo com Cruz, os estudantes desenvolveram o seu próprio projeto e agora vão fazer uma apresentação de demonstração na competição no Rio de Janeiro. Ela explicou que a categoria que os estudantes estão participando é de base, mas ainda assim “extremamente difícil”.
“Tem dois meses e meio que eles abraçaram esse projeto e muito rapidamente se movimentaram. O projeto de um robô não é só encaixar as pecinhas, envolve uma programação, criatividade, parte funcional do robô, engenharia. Esses meninos fizeram realmente um time disciplinar para eles conseguirem fazer essa demonstração nessa competição no Rio”, disse.
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