Um estudo da Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, identificou as principais mudanças nos hábitos e comportamentos dos brasileiros após a chegada do novo coronavírus (Covid-19) ao país. Ou seja, o levantamento mostra quais serão as tendências na vida dessas pessoas quando o pico da pandemia tiver sido superado no país.

Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV nesta quinta-feira (21), a líder do time de Satisfação do Cliente na América Latina da Toluna, Renata Bendit, explica tudo sobre as possíveis tendências pós-pandemia. Desde a chegada da pandemia no Brasil, a empresa está realizando uma pesquisa do “Novo normal”, para divulgar o impacto do vírus no dia-a-dia das pessoas.

“O Novo normal é como as pessoas estão aprendendo a viver com uma nova atitude que tem que tomar no dia-a-dia, é o que as pessoas vão levar daqui para frente, o que vão se tornar, o que vai ser normal dentro da vida e do hábito delas”, explica Bendit.

Questionada sobre as tendências acompanhadas nos 90 dias de pesquisa, Renata Bendit afirma que o maior impacto foi na saúde. “Principalmente na saúde, as pessoas estão cuidando mais, fazendo higiene dos produtos, ou seja, é uma preocupação com a sua prevenção. Outra questa é com a alimentação, elas estão preocupadas em ter uma alimentação balanceada para ajudar no sistema imunológico. Outra coisa que muda em relação a saúde, é a atividade física, apesar das pessoas estarem em casa, elas estão preocupadas em se manter ativas, mesmo não podendo ir nas academias, elas estão fazendo atividades em casa, usando aplicativos, usando coisas como garrafa de água para ser o peso, e se virando para poder se manter saudável e ativo”, analisa.

Outra tendência identificada nas pesquisas foi o home office, que fez com que muitas pessoas se adaptassem ao trabalho em casa. “No começo as pessoas até estranharam como ia poder trabalhar em casa e manter a produtividade e ainda ter que cuidar de tudo em casa. Mas as pessoas perceberam que isso é uma tendência, de ter mais qualidade de vida, de poder estar próximo das pessoas, não deixar de ser produtivo e poder fazer suas próprias refeições em casa, sobra mais tempo para cuidar de si e estar mais próximo da família”, relata.

Segundo Bendit, muitas pessoas ainda pretendem continuar com esse novo estilo de vida mesmo após a pandemia. “No home office, 67% diz que acredita que vão manter após a pandemia; na busca por novos conhecimentos, que é outra tendencia, 63% pretendem continuar; na educação à distância são 62%; e os streamers aumentou para 84%, as pessoas passaram a assistir mais filmes e 76% disse que vão manter esse hábito depois da pandemia”, acrescenta.

Outro ponto da pesquisa é o que as pessoas voltariam a fazer e o que não voltariam depois da pandemia. “Os mais citados de que não voltariam, de jeito nenhum, se não estiver uma vacina, são: shows de música,  eventos esportivos, clubes e academias”, relata, e sobre o que as pessoas voltariam a fazer “é usar táxi, carro de aplicativo, ir na casa dos amigos, ir em lojas e comércios e, também, salão de cabeleireiro.”

Mesmo com o atual cenário, Renata Bendit analisa o lado positivo, de que os brasileiros se descobriram mais fortes e mais resilientes ao longo da quarentena. “Todos estão esperançosos de que isso vai acabar em breve, que vai ter uma vacina… eu acho que o valor dos brasileiros é o otimismo, e a gente aprendeu a pensar no próximo, quando a gente sai de mascara, a gente não ta se protegendo, ta protegendo o outro, quando a gente esta trabalhado em casa, a gente também está pensando em quem não pode. Então, esses valores foram ampliados, apesar de todo medo que esta envolvido nesta situação”, ressalta.

Assista à entrevista na íntegra a partir de 59m25s