O Atlético Goianiense não mede esforços para tentar voltar aos treinamentos presenciais no CT do Dragão. Os pedidos feitos às autoridades de saúde e ao Governo do Estado não foram atendidos. Entretanto, uma conquista do Sindicato dos Profissionais em Educação Física do Estado de Goiás (SINPEF-GO) pode dar uma esperança à equipe rubro-negra.
Nesta sexta-feira (22) o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) indeferiu o pedido do Ministério Público que pedia a suspensão da liminar que permite o funcionamento das academias. Com isso, as atividades neste locais estão liberadas.
Está marcada para a próxima semana um encontro do governador Ronaldo Caiado com representantes das três grandes equipes da capital: Atlético, Goiás e Vila Nova. Caso não haja uma sinalização favorável para a retomada dos treinos, o Dragão poderá seguir o exemplo das academias e recorrer à Justiça.
Pode ser uma alternativa. Nós queremos esgotar todos os meios legais, sem confronto com ninguém. Vamos tentar nessa reunião sensibilizar o Governador e mostrar para ele que liberar Templos de Igreja e outras situações, é muito mais profundo do que liberar para as equipes de futebol treinarem. É uma atividade que envolve poucos profissionais, em locais abertos, pessoas com nível de saúde muito bom e protocolos rigorosíssimos. São situações com questão de bom senso e esperamos resolver. Caso não resolva, vamos avaliar isso posteriormente”, afirmou o presidente Adson Batista à Sagres 730.
Diretor jurídico do clube, o advogado Paulo Henrique Pinheiro endossou a possibilidade de uma ação judicial. Todavia, revelou que há expectativa dos treinamentos serem autorizados a partir do próximo mês. “Eu vejo que há um indicativo de retorno das atividades para treinamentos aqui no estado após o dia 1 de junho. Nós esperamos esse bom senso por parte do poder público, mas se isso estender e não retornar, essa alternativa da via judicial não é descartada”.
Desta forma, a tendência é que o Atlético espere a reunião com Ronaldo Caiado e também a data do dia primeiro de junho para avaliar a decisão de recorrer à Justiça. O departamento jurídico do clube acredita que a estrutura oferecida nos centros de treinamentos das três equipes oferecem todas as condições necessárias para um retorno seguro dos atletas e profissionais ligados ao futebol.
Nós esperamos que isso possa ser resolvida dentro do bom senso que deve prevalecer. Principalmente em relação ao relativo controle da pandemia aqui no estado e na nossa cidade de Goiânia, as excelentes condições de funcionamento não só do Atlético como também dos demais os clubes, o distanciamento que se tem. Basta ir ao clube e verificar que são ambientes totalmente salubres, higiênicos e com total garantia de segurança aos trabalhadores. Se não houver essa situação, esse assunto será tratado e se for determinado pela diretoria do clube, nós vamos sim buscar todos os meios que ela entende que seja interessante”, destacou o advogado à Sagres 730.
Por fim, Paulo Henrique Pinheiro foi enfático e pontuou que caso imbróglio vá para a esfera judicial, as equipes têm grandes chances de ganharem a ‘queda de braço’. “Te adianto que numa análise jurídica, tratando em tese, eu vejo sim uma possibilidade real de conseguir uma extensão também aqui na nossa cidade”, finalizou.