Preços de produtos diversos dispararam em 2021, mostram dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação no Brasil.

O etanol foi o item no país que acumulou a maior variação no ano passado: 62,23%.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela divulgação dos dados nesta terça-feira (11), a disparada do combustível está relacionada às condições da safra da cana-de-açúcar.

Em 2021, plantações foram prejudicadas pela seca, que reduziu a oferta e pressionou os preços.

O café moído foi o segundo item do IPCA que mais subiu no ano passado. A variação chegou a 50,24%.

Choques climáticos também ajudam a explicar a disparada do café, já que a falta de chuvas e as geadas castigaram plantações em estados como Minas Gerais, destaque nessa atividade.

Em termos gerais, o IPCA subiu 10,06% em 2021. A alta é a maior para o período de janeiro a dezembro desde 2015 (10,67%).

Conforme a metodologia do índice, nem sempre os produtos e serviços com as maiores variações de preços representam as principais influências sobre o resultado.

Prova disso é que o IPCA de 2021 foi pressionado especialmente pela gasolina. No ano passado, o combustível subiu 47,49%, gerando impacto de 2,34 pontos percentuais sobre o índice geral, o principal da pesquisa. Isso ocorreu porque a gasolina tem um peso maior na cesta de produtos e serviços analisados pelo IBGE.

MAIORES VARIAÇÕES DO IPCA EM 2021
​Acumulado de janeiro a dezembro, em %

Etanol 62,23
Café moído 50,24
Mandioca (aipim) 48,08
Açúcar refinado 47,87
Gasolina 47,49
Óleo diesel 46,04
Pimentão 39,16
Gás veicular 38,72
Açúcar cristal 37,55
Mudança 37,09
Gás de botijão 36,99
Mamão 36,01
Revista 35,68
Transporte por aplicativo 33,75
Fubá de milho 32,82

Fonte: IBGE

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