Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ficará sem dois dos quatro depoimentos esperados amanhã (5) devido a intervenções dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso Melo concedeu a ex-chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, Eliane Pinheiro, o direito de permanecer em silêncio durante a sessão da CPMI.

Celso de O ministro atendeu, em parte, o pedido dos advogados de defesa de Eliane, que também queriam adiar a sua convocação na CPMI. Eles pediam pelo menos dez dias para estudar todas as provas colhidas pela comissão parlamentar que poderiam incriminar sua cliente no futuro, o que foi negado por Mello. Na atual convocação, Eliane iria depor apenas como testemunha.

Mello também garantiu que a gestora não assine nenhum termo de compromisso para falar a verdade e que não seja presa por se recusar a colaborar. O ministro também determinou que ela seja assessorada por seu advogado durante o depoimento na CPMI.

Considerada por seus advogados como “co-investigada” no esquema de corrupção montado montado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de explorar jogos ilegais, Eliane é acusada de repassar informações sigilosas de operações policiais a políticos goianos.

Outras tesmunhas

Além de Elaine Pinheiro, também estão marcados os depoimentos de mais três testemunhas ligadas ao governador Marconi Perillo. Walter Paulo Santiago, empresário e um dos proprietários da Faculdade Padrão, para quem Marconi teria vendido a casa no condomínio Alphaville Ipês, imóvel onde Carlinhos Cachoeira foi preso. Suspeita-se de que Cachoeira seria o verdadeiro comprador e Walter operou apenas como intermediário para ocultar a transação.

A outra testemunha esperada na sessão desta terça-feira (05) é Sejana Martins, uma das proprietárias da empresa Mestra Administração e Participações que nunca teve Walter Paulo como sócio, mas que a casa no Alphaville pertence de fato. Há indícios de que a empresa foi usada como laranja na negociação, já que dois dias após a compra, Sejana deixou a sociedade.

O único sócio remanescente da Mestra Administração e Participações é Écio Antônio Ribeiro também será ouvido na CPI. O outro sócio, Fernando Gomes Cardoso poderá ser ouvido futuramente, já há requerimento aprovado nesse sentido.

Edição: Josiane Coutinho