Na mesa de discussão e definição do futebol brasileiro que tem como tema principal a criação da Liga Nacional de Clubes estão os gigantes times do Brasil.

Algo já esperado e que está causando contrariedade de um bloco de clubes que estão na Série A do Brasileirão. Entre eles estão os representantes goianos – Atlético e Goiás.

Um manifesto foi compartilhado nas redes sociais de 10 clubes, onde eles destacam a união e a cobrança para estarem dentro das discussões. Adson Batista (presidente do Atlético) e Paulo Rogério Pinheiro (presidente do Goiás) assinaram o documento que fala de empoderamento para buscar representatividade: “Importante saber para onde estamos indo e impedir projetos excludentes ou de aventureiros”.

Texto do Manifesto

Com as novas possibilidades de investimentos, tanto nos clubes brasileiros como também nas competições, têm surgido interessados no mercado dispostos a gerir e administrar uma Liga de Clubes no país.

Um assunto que nós já vínhamos há alguns anos trazendo ao debate e buscando a adesão de todos. Como nunca tivemos uma instituição de classe forte e unificada, não foi possível.

Agora temos um novo cenário. E novos e velhos “atores” querendo entrar em cena. Grupos, empresas, brokers e outros. Mas para se construir algo sólido, é preciso conhecer melhor o terreno. Quanto mais informação, melhor.

Os clubes brasileiros, que são os principais interessados em participar de uma liga forte, devem se unir. Por isso estamos criando o grupo Forte Futebol, para analisar e responder de forma uníssona todos os assuntos relacionados com os rumos do futebol brasileiro.

É um grupo aberto, sem sócios-fundadores, em que todos os participantes terão voz. Até o momento temos a adesão de 10 clubes da Série A: América–MG, Atlético Goianiense, Athletico Paranaense, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude.

O objetivo desse grupo de trabalho é termos know-how de análise e comparar as propostas na mesa com os modelos existentes no mundo. Buscamos também empoderar a nossa voz, para nos sentirmos representados e darmos nosso parecer em quaisquer discussões sobre o assunto.

O grupo não está fechado, o clube da Série A que quiser vir somar forças, será muito bem recebido e terá vez e voz no mesmo nível dos demais. O importante é estarmos seguros, saber para onde estamos indo e impedir que projetos excludentes ou de aventureiros sigam adiante.

A união faz a força. E nossa força faz um FORTE FUTEBOL.

Opinião

Já era certo que os gigantes (Flamengo, Santos, Corinthians, Atlético Mineiro, Internacional, São Paulo, Palmeiras e outros) não aceitariam chamar para uma mesma mesa os clubes considerados intermediários e emergentes. Eles já ganham muito mais dinheiro, já tem muito mais visibilidade… e querem mais.

A união de quem está excluído é uma medida acertada. Vão precisar estar juntos, o tempo todo, se não a distância que já é grande será muito maior nos próximos anos.