A polêmica envolvendo a escolha do trio de arbitragem para o clássico entre Atlético e Goiás ganhou novo capítulo nesta terça-feira. André Pitta, presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF) participou no programa Hora do Esporte, da Rádio 730, e deu detalhes sobre a escolha do árbitro Marcos Santos Vieira (AM).
“São dois pontos que devem ser destacados. Primeiro, o Atlético é um dos clube que menos teve problema com arbitragem. Principalmente levando em consideração todas as situações que estão sendo repercutidas nas últimas semanas. Eu me recordo de apenas dois momentos que o Atlético foi prejudicado e nós fizemos as reclamações junto a direção de arbitragem. Não só com o Atlético, como recentemente a favor do Vila Nova em relação ao confronto contra o Criciúma”, disse.
Sobre a segunda variável, Pitta explicou que se trata da forma como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotou para o critério de escolha do trio de arbitragem. “Eles colocam 10 trios no sorteio de cada partida. Nós da FGF realizamos de forma diferentes: são três trios por jogo, além de uma análise do perfil de cada trio comparando com o nível de cada jogo. Na minha opinião, esse critério pode deixar a escolha do juiz da partida vulnerável”, opinou o presidente.
André Pitta destaca que na Série A a escolha dos árbitros é realizada de forma antecipada. “No caso dos jogos da primeira divisão os jogos ficam com arbitragem de primeira linha. No entanto, existem árbitros FIFA que ficam sem apitar alguns jogos na elite e acabam atuando na Série B. De qualquer forma, o sorteio já foi realizados. E nós torcemos pelo sucesso dele, como sabemos, o que pode ser realizado é que as equipes esqueçam quem está apitando e se preocupem em jogar futebol. A avaliação do Marcos Santos Vieira (AM) deve ser realizada após o final do jogo”, ressaltou.
GOIANOS NA SÉRIE A
Questionado sobre a campanha do Atlético, André Pitta não escondeu a felicidade por saber que as chances de um clube goiano ser o representante no Estado na Série A em 2017 são grandes. “É ruim não ter um clube de Goiás na Série A. Fico feliz pelo Atlético, pela boa campanha do Vila Nova. Tivemos uma grande expectativa junto ao Goiás, mas sabemos que em breve eles retornaram a jogar bem. De qualquer forma, ficamos feliz por ter o Atlético ser nosso representante entre os 20 melhores clubes do Brasil”, finalizou.
ESTÁDIO OLÍMPICO
Além da escolha do trio de arbitragem, um dos questionamentos que envolve o clássico entre Atlético e Goiás é sobre o estádio. A expectativa era que o Olímpico, nova casa rubro-negra, fosse o palco do confronto. No entanto, a divisão dos torcedores e algumas conversas com a diretoria da equipe atleticana bateram o martelo para escolha do local do jogo.
“O Olímpico ficou excepcional, mas apresenta algumas dificuldades em jogos caseiros. A divisão dos torcedores é um ponto. Outra situação é sobre a posição dos túneis de saída dos vestiários. Ambos ficam à frente da torcida, o que pode causar problemas se um torcedor resolver atirar algo em um jogar ou até mesmo no árbitro. Isso pode prejudicar o clube, no caso o Atlético, com perda de mando de campo e multas”, declarou o dirigente.
VILA NOVA
“Para 2017, o Vila dificilmente ficará de fora da Copa do Brasil”, garantiu André Pitta. Segundo o presidente da FGF, já foi realizada uma pré-avaliação que destacou que o Vila Nova irá participar do torneio de mata-mata na próxima temporada. No entanto, a definição da participação do Tigre na Copa
será realizada no final do ano após a divulgação do ranking de clubes brasileiros”, decretou.
CALENDÁRIO GOIANO
Não é novidade que, com exceção dos três principais clubes da capital, as equipes do Estado sofrem com falta de competições durante o ano. Geralmente, além de Goiás, Vila Nova e Atlético, algumas equipes goianas disputam a terceira e quarta divisões do Campeonato Brasileiro, mas segundo André Pitta, não existe um novo torneio em Goiás para os demais clubes por conta da falta de visibilidade e até mesmo interesse.
“Esse é um caso que estudamos há anos. O problemas de criar uma competição no segundo semestre envolve a falta de participadas televisionadas, os patrocínios são menores em comparação com a primeira divisão do Campeonato Goiano, além do pouco interesse dos clubes por conta dessa falta de retorno financeiro”, explicou o presidente.